Ultima atualização em 8 de Julho de 2019 às 11:13
A conclusão é que, após a criação do Comitê, a Universidade apresentou avanço significativo.
Após o encontro com o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, em Brasília, no dia 26 de junho de 2019, o reitor da Ufopa, Hugo Alex Diniz, e o superintendente de Infraestrutura (Sinfra) da Universidade, Vitor Viana, estiveram reunidos na tarde de quarta, 3, com a equipe do Comitê Gestor de Obras (CGO) da Ufopa, criado para implantar um modelo inovador de gestão. O encontro ocorreu no recém-inaugurado Bloco Modular Tapajós (BMT).
Criado em novembro de 2018, o CGO tem uma equipe composta por servidores da Reitoria, da Sinfra, da Comissão de Licitações, da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan) e Pró-Reitoria de Administração (Proad). O modelo de gestão foi considerado inovador e arrancou elogios do ministro e da equipe técnica do MEC, em Brasília.
De acordo com o reitor, Hugo Diniz, a Ufopa passou a ser considerada uma referência positiva no cenário de gestão de obras públicas. “Implantamos um modelo novo de gestão, para atingir o objetivo acadêmico, e que tem mostrado seus resultados. As obras não são um fim em si, são instrumentos para um projeto. Tivemos uma reunião muito boa, fazendo um panorama das obras. Fizemos um pequeno relatório do que era em 2018 e o que foi esse ano de trabalho. A principal mudança foi o CGO. Nos perguntamos, por que as obras? Porque servem para dar sustentação ao nosso projeto acadêmico. Basicamente isso”, concluiu.
Coordenado pela vice-reitora da Ufopa, Profa. Aldenize Xavier, o CGO integra uma equipe multidisciplinar criada para dar agilidade e maior eficiência às obras da Universidade, do planejamento à entrega. “Tudo começa pela Comissão de Licitações, com o edital, e passa pela Sinfra, que materializa a licitação, com projetos básicos e complementares. Depois entram a Proad e Proplan, que trabalham com empenho e execução financeira, e a Reitoria”, assegura o superintendente da Sinfra, Vitor Viana, ao destacar a agilidade criada, após a implantação do CGO, para o bom andamento dos trabalhos.
Segundo Viana, o novo modelo criado pelo CGO tira das mãos de uma única pessoa – por exemplo, do fiscal técnico – o poder de decisão que antes era concentrado nele. "Temos que verificar que uma obra envolve vários interessados. Existe toda uma cadeia de eventos, enquanto a obra está acontecendo. Então, não cabe a apenas uma pessoa tomar a decisão sozinha, como ocorria antes. Todos esses anos era ele (fiscal técnico) quem decidia. Esse fiscal era observador da legislação, apenas das que regem as licitações públicas, não das outras legislações que regem o direito público. Não havia uma visão mais ampla do envolvimento de vários agentes, incluindo a equipe de captação de recursos”.
Ele explica ainda que atualmente o novo modelo de gestão trabalha com atos paralelos. “Cada setor já vai preparando sua parte do trabalho. Enquanto a Comissão de Licitações trabalha na elaboração do edital, a Sinfra já está preparando os projetos e a Proplan, por exemplo, já está procurando viabilizar a estrutura orçamentária. Não preciso esperar pelos outros setores, trabalhamos ao mesmo tempo e depois juntamos tudo. Assim ganhamos bastante tempo”.
Viana também disse que, entre outras inovações, o canal aberto com a Reitoria, para que a Sinfra tenha uma relação mais direta, facilitou muito o andamento dos processos. “Antes, éramos atrelados à Proplan, e hoje nossa relação mais direta com a Reitoria facilita bastante o trabalho”.
A Sinfra também fez algumas alterações internas para aprimorar a fiscalização dos contratos de obras, segregando e atribuindo funções administrativas e técnicas a setores distintos dentro da superintendência. “Hoje temos os fiscais técnicos, que têm uma equipe de apoio e cuidam especificamente da parte técnica, de engenharia; eles se preocupam se a obra está sendo executada conforme o projeto, de acordo com as técnicas corretas de engenharia. Temos outra equipe, coordenada pelo gestor de contratos, que se ocupa exclusivamente da parte administrativa”, enfatiza o superintendente.
Obras em andamento – Durante a reunião, o superintendente apresentou o cenário atual das seis obras da Universidade que estão em andamento. Até junho desse ano, mais de R$ 15 milhões já haviam sido executados em obras. O Restaurante Universitário (RU) deve ser entregue ainda no segundo semestre de 2019, já com o serviço de alimentação funcionando.
Ainda na Unidade Tapajós, estão sendo construídos o Núcleo Tecnológico de Laboratórios (NTL), o Núcleo de Salas de Aula (NSA) e a segunda etapa do BMT. As obras do NTL começaram em fevereiro deste ano e devem ser entregues no início de 2020, assim como o NSA, cujo contrato tem valor total de R$ 5,6 milhões. A segunda etapa do BMT, que já está com a laje do segundo piso pronta, deverá ser entregue em janeiro de 2021.
O Bloco Padrão de Itaituba, com obras iniciadas em dezembro de 2018, tem entrega prevista para agosto de 2020. O valor total do contrato do prédio de Itaituba é de R$ 4,2 milhões. O prédio do Campus de Alenquer também está sendo erguido e, com obras bastante adiantadas, deve ser entregue no início de 2020.
Segundo Viana, ainda este ano deverá sair a licitação para construção do prédio do Campus de Juruti. “A fase interna do processo licitatório já está iniciada, estamos nos arremates do edital. Em breve deverá ser publicado. Esperamos iniciar as obras neste ano de 2019”.
Comunicação/Ufopa
4/7/2019
Fotos: Renata Dantas