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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 5 de Junho de 2019 às 10:35

II Fórum de Graduação da Ufopa discute propostas para integrar ensino e extensão


  Discussão faz parte do processo de cumprimento da meta estabelecida no Plano Nacional de Educação

A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) realizou, nos dias 3 e 4 de junho, o II Fórum Interno de Graduação, com o tema “Política de Integração de Ensino e Extensão em uma Universidade Multicampi”. Realizado no auditório Wilson Fonseca, na Unidade Rondon, o evente teve a participação de todas as categorias da comunidade acadêmica: representantes discentes e docentes, diretores de unidades acadêmicas, coordenadores de cursos, diretores dos campi e representantes dos técnicos.

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Organizado pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proen), o Fórum tem um caráter consultivo e propositivo com a discussão de temáticas de interesse dos cursos de graduação. Segundo a pró-reitora da Proen, Solange Ximenes, nesta segunda edição do Fórum os participantes discutiram a curricularização da extensão, ouvindo experiências desenvolvidas em outras universidades, e também dando visibilidade às experiências que já estão em andamento no contexto institucional.

O reitor da Ufopa, professor Hugo Alex Diniz, enfatizou que a universidade tem esse desafio de integrar os estudantes nos projetos acadêmicos de extensão, como forma de combater a evasão e a retenção dos cursos. A proposta do fórum é discutir como se pode atender à obrigatoriedade legal de 10% da carga horária dos cursos investida na extensão, observando muitas experiências que registram bons resultados. Para o reitor, essa é uma ação estratégica para a Universidade.

“A Ufopa, com esse fórum, avança nessa direção, e isso está dentro daquilo que é a missão da universidade. Com os projetos de extensão, vamos estar mais próximos das comunidades. Teremos condições de responder às comunidades dentro de alguma necessidade e demandas específicas. Então, é uma das principais ações deste ano, com a promoção de mudanças nos projetos político-pedagógicos dos nossos cursos para atender a essa integração com a extensão”, reforçou o professor Hugo Diniz.

Da mesa de abertura também participaram o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Rogério Cruz; e o da Comunidade, Cultura e Extensão, Marcos Prado; além dos representantes das categorias: pelos docentes, professora Dávia Talgatti; pelos técnicos, Leandro Nicolino; e pelos estudantes, Igor Santos, que enfatizou a importância de os acadêmicos participarem das discussões do fórum, que, além do ensino, da pesquisa e da extensão, também deve discutir a diversidade e as políticas educacionais no contexto atual.

Programação

Durante a programação da segunda-feira, foi proferida a palestra “Políticas de integração de ensino e graduação” pela professora Ana Inês, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem uma experiência de extensão de muito antes da exigência legal. Professora Solange destacou que a observação dessas experiências vai ajudar a nortear as propostas para a Ufopa. Para a diretora de ensino da Proen, professora Kátia Corrêa, essa troca de experiência é importante para a política de extensão da Ufopa. "Tivemos a presença da professora Ana Inês de Sousa, da UFRJ, que trouxe a experiência dessa universidade no que diz respeito às atividades de extensão, a curricularização da extensão e sua creditação. São exemplos que podemos tomar para construir a nossa identidade no que diz respeito à política de extensão", disse professora Kátia.

Para apresentar as experiências internas na universidade, uma mesa-redonda abordou as experiências da universidade desenvolvidas no Instituto de Saúde Coletiva (Isco), no Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) e na Formação Básica Indígena (FBI) do Instituto de Ciências da Educação (Iced), que já desenvolvem extensão na Universidade.

No encerramento, na terça, dia 4, foi discutido o Regimento de Graduação da Ufopa, documento que está sendo reestudado, avaliado e revisado desde o ano passado. “Entregamos o documento para a comunidade acadêmica. Ele será colocado para consulta à comunidade acadêmica nos próximos 45 dias para, até o final do ano, ser aprovado na câmara e no Consepe (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão)”, destacou a diretora de ensino.  

 

Extensão no Plano Nacional de Educação

Em junho de 2014, o governo federal sancionou a Lei nº 13.005, aprovando o Plano Nacional de Educação (PNE), com uma série de diretrizes: erradicação do analfabetismo; superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; melhoria da qualidade da educação; formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País, dentre outras.

No anexo da lei, a meta de número 12 propõe “elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público”.

Para o cumprimento dessa meta, a extensão aparece como uma das estratégias: “assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.

E nesse contexto é que a Ufopa discute a integração entre o ensino e a extensão a partir do II Fórum Interno de Graduação.

Comunicação/Ufopa

3/6/2019 atualizada pela 5/6/2019

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