Ultima atualização em 15 de Fevereiro de 2020 às 00:48
O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), aprovado pela Resolução 270/2019 do Conselho Universitário (Consun), resume as orientações para as ações da universidade nas áreas acadêmica e administrativa para o período de 2019 a 2023. O documento apresenta um diagnóstico detalhado da conjuntura atual e prevê realizações para os próximos cinco anos, na sede e também nos seis campi fora de sede, onde atua.
A criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação em regime presencial e à distância (EAD), a instalação de novos laboratórios, a ampliação da infraestrutura, além da restruturação administrativa de alguns setores, são algumas das ações previstas no PDI.
Mas o que é o PDI? – O Plano de Desenvolvimento Institucional é o instrumento de gestão que sistematiza o planejamento das Instituições de Ensino Superior (IES), considerando a sua filosofia de trabalho, a missão, as diretrizes pedagógicas que orientam suas ações, a sua estrutura organizacional e as atividades acadêmicas e científicas que desenvolve e que pretende desenvolver em um determinado período. Agenda estratégica, mapa estratégico e detalhamento da atuação internacional, bem como a missão, visão e valores e a política de ensino de graduação são alguns dos itens do relatório.
Atualmente a Ufopa mantém dez cursos de mestrado, três doutorados e dois cursos de especialização, com seleções feitas por meio de edital público. Para os próximos cinco anos estão previstos novos acordos de cooperação técnica por meio da integração entre ensino, pesquisa e extensão com a gestão integrada de projetos. No documento é possível consultar uma lista dos acordos vigentes e a proposta de novos projetos integrados.
Política de acompanhamento estudantil – Uma equipe técnica especializada avalia as condições de vulnerabilidade socioeconômica dos estudantes que ingressam na Ufopa. De acordo com critérios estabelecidos previamente, eles podem receber um ou mais auxílios, inclusive financeiros. A universidade oferece ainda serviços de apoio pedagógico, psicossocial e assistencial.
Quanto ao estímulo à inserção no ensino de graduação, oferece acesso por meio de processos seletivos especiais (indígena e quilombola), coordenados pela Comissão Permanente de Processos Seletivos (CPPS), além do ingresso por meio do Processo Seletivo Regular (PSR).
“Outro estímulo à inserção, ao acolhimento e à adaptação acadêmica dos alunos indígenas e quilombolas é a disponibilização do projeto institucional FBI [Formação Básica Indígena], regulamentado pela Resolução nº 194/2017/CONSEPE/UFOPA. A meta da Ufopa para o próximo quinquênio é conseguir avançar para além dos auxílios emergenciais e/ou de permanência para um patamar de apresentação e consolidação de políticas específicas, contínuas e integradas de estímulo à inserção no ensino de graduação e de permanência na Universidade”
Ações afirmativas – Responsável pela consolidação das políticas de gestão e assistência estudantil, a Pró-Reitoria de Gestão Estudantil (Proges) avança nas atividades de acompanhamento aos estudantes, com a criação de instrumentos para dar esse suporte. “Foi instituída, por meio da Portaria n° 126/GR/UFOPA, de 14 de março de 2019, a Comissão Interdisciplinar Permanente de Acompanhamento dos Alunos Indígenas e Quilombolas da Ufopa, a qual possui, entre outras, a atribuição de normatizar a concessão de bolsas vinculadas ao Pnaes e ao PBP/MEC no âmbito da Ufopa”. Na perspectiva da universidade multicampi, a Proges mantém o programa “Proges Itinerante”, que leva serviços e atendimentos para as unidades fora da sede.
“A meta da Universidade para o próximo quinquênio é conseguir avançar para além dos editais de auxílios assistenciais e bolsa permanência do MEC para um patamar de apresentação e consolidação de programas institucionais específicos, contínuos e integrados de estímulo à inserção dos estudantes, prioritariamente os oriundos de escola pública, com deficiência, indígenas, quilombolas, grupos étnico-raciais e legalmente beneficiários de ações afirmativas, em programas e projetos de ensino, monitoria, tutoria, estágio, TCC, laboratórios, extensão e pesquisa”.
Plano Emergencial de Infraestutura – Uma das primeiras ações empreendidas pela equipe do reitor Hugo Diniz (2018-2022) foi a criação do Comitê Gestor de Obras (CGO), coordenado pela vice-reitora, Aldenize Xavier, e responsável pela elaboração do Plano Emergencial de Infraestrutura (PEI), que está contribuindo para o fortalecimento da infraestrutura, da qualidade dos serviços, com reflexos positivos principalmente nas avaliações contínuas do Ministério da Educação (MEC), com vistas ao reconhecimento dos cursos.
Ainda em 2018, durante reunião do Conselho de Administração (Consad), foram aprovadas as licitações de obras na sede e fora da sede: em Santarém, estão já em fase avançada as obras do Núcleo de Salas de Aula (NSA) e do Núcleo Tecnológico de Laboratórios (NTL), ambos na Unidade Tapajós; aprovadas também a construção dos setores zootécnicos da Fazenda Experimental e a construção das etapas II e III do Bloco Modular Tapajós (BMT), sendo que a etapa I foi entregue à comunidade acadêmica em maio de 2019.
Nos campi fora de sede, foram aprovadas as licitações para a construção do Bloco Modular do Campus Alenquer e do Bloco Modular do Campus Itaituba, cujas obras estão em andamento acelerado. Além dessas licitações, foi prevista também a conclusão das obras do Restaurante Universitário (RU) e da etapa I do BMT, Bloco Modular de Juruti (BMJ) e diversas obras pequenas, como muros e guaritas, já concluídas. Uma lista completa com os laboratórios em atividade e a previsão de outros a serem implantados nos próximos cinco anos está disponível no PDI.
Ao final o PDI 2019-2023 argumenta: “Os desafios estão postos, e o próximo passo é a elaboração dos Planos de Desenvolvimento da Unidades (PDUs), momento em que cada unidade e suas subunidades realizarão seu planejamento em consonância com as diretrizes do PDI. Importa ressaltar que os PDUs deverão garantir a materialização da estratégia institucional em seu nível tático e operacional, respeitando as idiossincrasias de cada unidade e subunidade, suas vocações e competências". Esse processo está em andamento.
Confira aqui o PDI 2019-2023 completo.
Lenne Santos – Comunicação/Ufopa
11/2/2020