Ultima atualização em 24 de Junho de 2019 às 15:02
Aluna do curso de Mestrado em Ciências da Sociedade da Ufopa, Andreza dos Santos Filizzola Lopes recebeu moção honrosa do Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima) pelo trabalho desenvolvido na área de mediação de conflitos em comunidades tradicionais. A advogada, que pesquisa o movimento da alteridade durante o processo de construção de paz em conflitos étnicos na Amazônia, recebeu a moção durante o XI Encontro Nacional Conima de Arbitragem e Mediação, ocorrido nos dias 6 e 7 de junho, no Rio de Janeiro (RJ).
“Esse ano o Conima, baseado no prêmio Inovare, lançou um edital para premiar as melhores práticas do Brasil no que diz respeito à solução de conflitos. Submetemos a nossa prática, que faz parte do projeto de mestrado da Ufopa, na linha de Direitos Humanos, e a iniciativa recebeu moção honrosa do Conselho, que é um reconhecimento que todo mediador deseja ter”, explica Andreza Filizzola, que é mediadora judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Durante o encontro, realizado na Fundação Getúlio Vargas, a advogada participou do Programa de Boas Práticas em Arbitragem, Mediação e demais Meios Privados de Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos, apresentando o tema “Conflitos Étnicos: Descrição do Processo de Construção de Paz em Comunidade Indígena da Amazônia Brasileira". “Apresentamos o nosso trabalho no dia 6 de junho para uma plateia de pesquisadores, árbitros, mediadores e professores, tanto do Rio de Janeiro quanto de outros estados do país”.
Especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil, Andreza Filizzola Lopes é facilitadora e instrutora-multiplicadora de justiça restaurativa e de círculos de construção de paz, tendo formação em mediação e arbitragem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em Santarém, trabalha com práticas circulares de mediação e de justiça restaurativa em escolas municipais.
“A mediação é a oportunidade que as pessoas têm de resolver seus conflitos entre si, de serem protagonistas de suas histórias, de conseguirem trazer para aquela demanda a melhor solução, sem a interferência direta de uma terceira, sem uma sentença. A mediação oportuniza o protagonismo das partes”, explica Lopes, que também participa, como discente de pós-graduação do Instituto de Ciências da Sociedade (ICS), da Clínica de Justiça Restaurativa da Amazônia, coordenada pelo professor Nirson Medeiros da Silva Neto, da Ufopa.
Comunicação/Ufopa
24/6/2019