Ultima atualização em 23 de Julho de 2019 às 02:18
Aluna do último semestre do curso de Farmácia na Ufopa, Ronize Branches foi selecionada para apresentar sua pesquisa na “II Escola de Inverno em Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica”, evento que ocorreu de 15 a 20 de julho na Universidade de São Paulo (USP), na cidade de Ribeirão Preto (SP).
No curso, foram selecionados 20 graduandos da área de Farmácia de todo Brasil para participar de palestras e atividades práticas, que abordaram os seguintes temas: Educação Farmacêutica; Gestão Farmacêutica; Cuidado Farmacêutico na Atenção Primária; Cuidado Farmacêutico em Ambiente Hospitalar; Cuidado Farmacêutico em Populações Especiais.
Intitulado “Redes sociais e o movimento antivacina: mitos e evidências científicas”, o trabalho da estudante avaliou publicações divulgadas sobre imunização e efeitos nocivos à saúde em uma rede social. Essas publicações foram relacionadas com dados da literatura científica.
A ideia da pesquisa surgiu devido à observação da interferência que o mau uso das redes sociais causa à execução de políticas públicas, como as campanhas de imunização. Através do movimento de pessoas contrárias às vacinas, são difundidas informações sobre possíveis efeitos indesejáveis, que culminam com a baixa adesão e geram consequências como baixa cobertura vacinal e surgimento de doenças até então erradicadas no Brasil.
No estudo, foram coletadas mais de 900 postagens em uma rede social. Dentre as informações difundidas, estão, por exemplo, postagens que dizem que a vacina MMR pode causar autismo. Conhecida como “tríplice viral”, a vacina protege contra sarampo, caxumba e rubéola. No levantamento, também foram identificadas postagens que dizem que a vacina do HPV causa câncer de útero e paralisia.
Cada postagem foi avaliada quanto à veracidade das informações, com base em artigos científicos. Para essa etapa, foi utilizada a base de dados “Web of Science”, de livre acesso através do Portal de Periódicos Capes. A conclusão do trabalho reforça que as informações difundidas sobre os efeitos indesejáveis das vacinas não apresentam rigor científico e podem impactar na baixa cobertura vacinal observada atualmente em inúmeros estados brasileiros.
Comunicação/Ufopa
22/7/2019