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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 24 de Julho de 2019 às 14:12

Projetos de extensão da Ufopa são finalistas do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2019


Os projetos de extensão “A Hora do Xibé” e “Arqueologia nas Escolas: histórias da Amazônia” da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) são finalistas da 32ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, realizado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan) e considerada a maior premiação do patrimônio cultural brasileiro.

O concurso premia iniciativas de excelência, que colaboram para a proteção, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural brasileiro material e imaterial. Na fase preliminar, os projetos da Ufopa concorreram com mais de 300 inscritos.

Com o objetivo de valorizar e divulgar a história, a cultura, os valores e a identidade dos povos e comunidades nativas ou originárias da região amazônica, o professor Florêncio Almeida Vaz coordena desde 2013 o projeto “A Hora do Xibé”, que se somou à iniciativa do programa de rádio “A Hora do Xibé”, apresentado por uma equipe de voluntários na Rádio Rural de Santarém desde 2007. Atualmente, o programa é veiculado todos os sábados pela rádio.

A equipe do programa, formada por estudantes da Ufopa e voluntários, explora conteúdos relacionados a crenças, mitos e medicina tradicional ligadas à pajelança amazônica, dando voz a membros das comunidades tradicionais da região.

Em 2017, o projeto lançou o livro “Pajés, benzedores, puxadores e parteiras: os imprescindíveis sacerdotes do povo na Amazônia”, que mostra a cosmologia dos indígenas e ribeirinhos a partir de relatos de pajés e outros agentes da medicina tradicional que foram ao ar no programa.

Coordenado pelas professoras Anne Rapp Py-Daniel e Myrtle Pearl Shock, “Arqueologia nas Escolas” tem a proposta de disseminar e democratizar o conhecimento produzido por pesquisas arqueológicas realizadas em Monte Alegre e Santarém. Para isso, produziu materiais didáticos que trazem informações sobre o patrimônio arqueológico da região.

Foram produzidas quatro publicações, de acordo com a faixa etária dos alunos dos ensinos fundamental e médio: Arqueologia e suas aplicações na Amazônia; Uma Santarém mais antiga sob o olhar da Arqueologia; Descobrindo a Arqueologia; e Guia Arqueológico do Parque Estadual de Monte Alegre. Gratuitos, os livros são doados para as escolas dos municípios e também disponibilizados online.

Além dos livros, há dois kits pedagógicos que ilustram como é realizado o trabalho do arqueólogo. O primeiro é composto por réplicas de diversos artefatos arqueológicos encontrados na região; o segundo é voltado para a análise de material cerâmico e usado para demonstrar como é feito o trabalho de remontagem.

Além dos produtos, o projeto realiza oficinas para jovens, visitas aos laboratórios de arqueologia e capacitação de professores do ensino básico. Já foram atendidas 80 escolas da região e distribuídos 4.200 livros infantis, 2.300 livros para estudantes do ensino médio e fundamental e 1800 guias do Parque Arqueológico de Monte Alegre. 

Além dos projetos da Ufopa, outro projeto paraense participa da final, o “Cordão do Galo”, do Instituto Arraial do Pavulagem. O resultado será divulgado até o dia 5 de setembro.

Comunicação/Ufopa

23/7/2019

A vice-coordenadora do "Arqueologia nas Escolas", professora Myrtle Pearl Shock, apresenta o kit pedagógico que será disponibilizado para empréstimo das escolas. Foto: Renata Dantas.

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