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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 26 de Julho de 2019 às 15:43

Saúde e participação popular: fóruns itinerantes debatem atenção básica no Oeste do Pará


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Eventos tiveram participação de gestores e população local.
Acima, fórum realizado em Juruti. Foto: Arquivo/Isco.

 

Com o objetivo de diagnosticar a atual conjuntura da saúde das comunidades da região e propor ações para a promoção de saúde integral, a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) realizou nos meses de abril e junho deste ano Fóruns Itinerantes de Atenção Básica do Oeste do Pará, nas cidades de Juruti, Óbidos e Oriximiná.

A iniciativa do Instituto de Saúde Coletiva (Isco) teve parceria do Ministério Público do Estado do Pará e da Diocese/Cáritas de Óbidos. Os eventos contaram com a participação de representantes do poder executivo, legislativo e da sociedade em geral.

As problemáticas levantadas partiram principalmente do diagnóstico elaborado pelos alunos da Especialização em Saúde da Família e Comunidade, que tem turmas nos municípios. O curso é voltado para a gestão e organização de serviços de atenção primária de populações do campo, da floresta e águas. A formação tem como base a metodologia da alternância, envolvendo períodos em centros de formação (chamado Tempo Escola) e nas comunidades (Tempo Comunidade).

Aldanete Viana é aluna da especialização e vivenciou todo esse processo na sua cidade, Óbidos: “A comunidade ganhou mais visibilidade e passou a participar mais. A princípio nós tivemos uma resistência, mas depois que nós apresentamos o diagnóstico para a população, a visão sobre a nossa atuação mudou e tivemos uma boa recepção”.

 

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Discentes apresentaram diagnóstico elaborado nas comunidades em Óbidos (foto),
Oriximiná e Juruti. Foto: Arquivo/Isco.

 

O professor Wilson Sabino, que coordena a ação, afirma que a metodologia utilizada permite contribuir para a gestão da saúde nos municípios com propostas de intervenção mais efetivas: “Uma das coisas que os alunos aprendem é a ouvir as comunidades. E a partir disso, conseguir entender quais são os problemas que as afetam e o que pode estar causando adoecimento na comunidade. Assim fica mais fácil para o gestor atuar, quando já tem um problema priorizado, que é o que a comunidade quer ver resolvido”.

“Isso proporciona que nós comecemos a entender as vulnerabilidades e as necessidades da região para, quando formos profissionais, termos outra percepção de assistência, atenção e promoção à saúde”, enfatiza Sílvia Letícia Gato, estudante do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde Coletiva e também monitora do curso de especialização.

 

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Cada município elaborou cartas de compromisso, que foram pactuadas com os gestores.
Na foto, participantes de Oriximiná. Foto: Arquivo/Isco.

 

A partir das propostas discutidas nos fóruns, em cada município, foram elaboradas cartas de compromisso com ênfase nas políticas públicas de saúde que necessitam ser criadas ou efetivadas por meio de esforços das administrações públicas municipais e da sociedade em geral.

Como servidora, a administradora Leida Marinho pôde perceber a importância do resultado do trabalho encabeçado pelo Isco. “No Fórum, pude ver o quão importante era aquele primeiro passo lá atrás. Os alunos foram às suas comunidades, levantando problemas a partir de todo o subsídio teórico que tiveram, e levaram para o fórum, onde estavam as autoridades que têm o poder de resolvê-los. Como servidores, somos muito importantes para esse processo; ao arregaçar as mangas e colocar o projeto para funcionar, podemos fazer muita diferença na vida das pessoas”, conclui.

Comunicação/Ufopa

26/7/2019

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