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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 6 de Novembro de 2018 às 16:16

Ufopa quer liberação da praia da Unidade Tapajós para ações esportivas e culturais


O reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará, Hugo Diniz, informou que a Administração Superior solicitou junto a alguns órgãos municipais a liberação da praia que fica na Unidade Tapajós da Ufopa, para a realização de ações esportivas e culturais. A informação foi dada no último sábado, 3, durante a ação de limpeza da área, realizada pela Universidade em parceria com a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa), Secretaria Municipal de Infraestrutura de Santarém (Seminfra) e empresas.

A praia (que já foi conhecida como a praia da Sudam) tem uma extensão de 218 metros, sob os cuidados da Universidade Federal do Oeste do Pará. É uma Área de Preservação Permanente (APP) e por isso protegida por lei. A Ufopa, como detentora da propriedade do espaço, é responsável pela área.

De acordo com o reitor Hugo Diniz, a ação do último sábado foi estratégica, dentro do plano de melhor utilização dos espaços da Ufopa. Ele citou a praia como um espaço de grande importância para a comunidade em geral, que hoje não tem acesso a ela devido a estar suja, cheia de muitos entulhos. Por isso, a Universidade está solicitando que a frente da praia, na área da Ufopa, seja liberada. “Nossa comunidade requer espaços culturais, áreas para várias atividades esportivas, e a praia é um espaço importante para isso”, destacou professor Hugo Diniz. Ele frisou que a limpeza da área e a retomada das discussões sobre a praia também se apresentam como ação importante no contexto da celebração do aniversário da Ufopa, que olha com cuidado para seus espaços naturais.

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Mapa com localização da praia - fonte Google Earth

Ação de limpeza

A engenheira ambiental da Ufopa, Jaqueline Bailão, abriu a programação de limpeza no sábado, 3, com uma roda de conversa envolvendo alunos, professores e técnicos da Ufopa e da Eetepa. Ela informou que um trabalho de levantamento de dados sobre as áreas ambientais da Ufopa tem sido feito nos últimos anos, e a partir dele a Universidade observou o uso indevido do espaço da praia localizada na Unidade Tapajós.

Segundo ela, a praia é usada como área de porto, estaleiro, ocasionando várias irregularidades: descarte de resíduo de lixos, inclusive com materiais que causam risco aos frequentadores, além de assoreamento, erosão, tudo ocasionando vários danos ao meio ambiente, principalmente, para o recurso hídrico. Atualmente a área não pode ser usada pela comunidade em geral devido às atividades degradadoras. É ocupada pelas embarcações que fazem todo tipo de uso, inclusive usando a água e devolvendo de forma poluída, até mesmo com dejetos.

Depois das informações, o grupo se espalhou pela praia. A maioria foi juntar o lixo encontrado: plástico, vidro, lata, madeira, pneus, entre outros.

Outro grupo foi às embarcações conversar com os proprietários e trabalhadores numa ação educativa. Entregaram fôlders e cartazes com orientações sobre os cuidados com a área.

Rubenita dos Santos, aluna do curso de Meio Ambiente da EETEPA, falou da necessidade de cuidar da praia, porque era uma área de lazer antes e hoje só está servindo para o trabalho das embarcações, destacando a importância para a formação dos estudantes: “Esse tipo de ação é importante porque edifica nosso conhecimento e ajuda a promover educação ambiental para outras pessoas, ajudando-as a perceber o que está acontecendo com nosso meio ambiente ao longo dos anos”.

O acadêmico André Lucas, do curso de Engenharia Física da Ufopa, defendeu que o cuidado com o meio ambiente é responsabilidade de todos os cursos e de todas as pessoas. “É importante preservar o meio ambiente e manter conservado porque isso afeta a gente. Mesmo que não seja a curto prazo, mas vai afetar. Foi uma espécie de conhecimento para mim e eu fico agradecido por ter participado disso”, falou.

Professor Gabriel Brito Costa, diretor de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (Proppit), também esteve na ação dando apoio à logística. Ele disse que é muito importante a vivência da consciência ambiental para os acadêmicos e enfatizou que as questões ambientais estão muito presentes na Ufopa. “Nós temos diversos grupos de pesquisa que são muito produtivos em questões que envolvem o meio ambiente. Grande parte da nossa produção qualificada é da área ambiental, até por causa da vocação da nossa região”. Segundo ele, ações como essas podem fomentar novos projetos de pesquisa que visem a ampliar os conhecimentos e melhorar as ações.  

A limpeza da praia foi organizada pela Coordenação de Gestão Ambiental da Superintendência de Infraestrutura da Ufopa (Sinfra). O superintendente, Vitor Viana, disse que o trabalho foi realizado com o objetivo principal de ajudar na “conscientização de toda a sociedade sobre a necessidade de cuidado com essa área, principalmente os trabalhadores das embarcações que ficam ancoradas na praia, provocando muita sujeira”. Ele destacou que a participação dos parceiros foi muito importante para o sucesso do trabalho.

Ao final da limpeza, os servidores da Seminfra retiraram 25 toneladas de entulho que foram amontoadas pelos participantes da ação.

Confira aqui as fotos da ação de limpeza na praia da Ufopa.

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Material educativo entregue nas embarcações

Comunicação/Ufopa

6/11/2018

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