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10/08/2013-O ESTADO DO TAPAJÓS - Ufopa citada
8 de Junho de 2020 às 16:30
OAB vai promover audiência sobre hidrelétricas do Tapajós
No próximo dia 30, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil) realiza em Santarém, no campus Tapajós, da UFOPA, uma audiência pública para discutir as perspectivas e impactos dos projetos do governo federal para construção de hidrelétricas na bacia do Tapajós.
Para o evento, a OAB - Subseção Santarém, está mobilizando movimentos sociais e prefeituras dos municípios da área de abrangência dos projetos.
De acordo com o advogado Wallace Carneiro, presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB, é fundamental que a comunidade participe das discussões para ter a real dimensão do que os projetos das hidrelétricas representam. "A construção das hidrelétricas, na ótica do governo, representa maior geração de energia. Mas, não é só isso, há prejuízos que podem ser acarretados por esses projetos às comunidades onde as usinas serão instaladas, principalmente no que se refere ao meio ambiente. Tudo isso precisa estar claro para a população que será diretamente afetada", pondera.
Representantes do Movimento Tapajós Vivo, GDA, Conselho Comunitário do Santarenzinho, Movimento dos Trabalhadores em Luta Por Moradia, Organização Terra de Direitos, Colônia de Pescadores Z-20 e Movimento Salve o Juá participaram de uma reunião na sede da Subseção da OAB, esta semana para tratar sobre a realização da audiência pública. Outra reunião para definir as estratégias de mobilização da sociedade acontecerá segunda-feira, 12, às 17 horas, na sede do GDA, localizada na Travessa Agripina de Matos, bairro do Laguinho.
O Complexo Hidrelétrico do Tapajós é composto pelas seguintes usinas: UHE São Luiz do Tapajós, UHE Jatobá, UHE Jamanxim, UHE Cachoeira do Caí, UHE Cachoeira dos Patos, todos em estudo de viabilidade. Há, ainda, outros dois aproveitamentos inventariados: Chocorão e Jardim do Ouro.
De acordo com os estudos, após a conclusão, o complexo terá uma potência instalada de 10.682 megawatts (MW). A hidrelétrica de Tucuruí, também no Pará, tem capacidade instalada de 8.370 MW. Se comparado às outras grandes usinas brasileiras, só fica atrás da binacional Itaipu, de propriedade brasileira e paraguaia, com 14.000 MW e do complexo hidrelétrico de Belo Monte, ainda em construção, cuja capacidade estimada é de 11.233 MW.
Para a audiência pública, a OAB - Subseção Santarém da OAB também pretende convidar o Ministério das Minas e Energia, Eletrobrás e o Governo do Pará.