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8 de Junho de 2020 às 12:35
Dilma sanciona universidade no Pará
A presidente Dilma Rousseff sancionou, ontem, a lei que cria a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), a partir do desmembramento da Universidade Federal do Pará (UFPA), com sede em Marabá, além de campi em Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguara. Segundo os dados da presidência, a Unifesspa ofertará 12.830 vagas em 47 cursos de graduação e serão contratados 506 professores e 595 técnicos administrativos. Durante a cerimônia, em que também foi sancionada a Universidade Federal do Cariri, no Ceará, e as universidades federais do Sul e do Oeste da Bahia, a presidente destacou que o ensino superior é o tipo de investimento que vai impulsionar a qualificação profissional e o desenvolvimento de toda uma cadeia industrial e tecnológica nas regiões, levando educação superior também para o interior dos Estados. "Vou concluir fazendo uma reflexão que gostei muito do governador Simão Jatene, que disse que a gente tem que buscar a fórmula de transformar a nossa diversidade não em um fator de desigualdade e sim num fator de crescimento, de desenvolvimento, de distribuição de renda e de prosperidade pro nosso País", disse a presidente. Para Jatene, presente à cerimônia, a universidade é uma luta de todos os paraenses em conjunto com o Governo Federal e o Estado só tem a ganhar com investimentos nessa área. "A única forma de nós efetivamente reduzirmos nossas desigualdades é utilizando o conhecimento como ferramenta. E a universidade é o local privilegiado para formação e difusão do conhecimento. Ganham o sul e sudeste do Pará, ganha o Pará que é um Estado com potencial enorme, mas que tem o desafio de reduzir a pobreza e a desigualdade. E sem educação isso simplesmente não é possível", afirmou o governador, ressaltando ainda que o conjunto de instituições de ensino no Estado podem consolidar ações no sentido de aliar conhecimento, tecnologias e projetos voltados para a população. "Essas universidades, em conjunto com a Universidade Tecnológica, que está em processo de articulação e outras escolas técnicas espalhadas pelo Estado farão com que as pessoas, a nossa sociedade participe das pesquisas, dos projetos. Mas participe pela porta da frente, tendo efetivamente nesses projetos a busca pela melhoria da qualidade de vida das pessoas e a universidade, onde se produz conhecimento, é o espaço ideal para isto", completou.
O projeto de criação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará foi enviado para tramitação no Congresso Nacional, pelo poder executivo, em agosto de 2011. Na última terça-feira, 28, a Câmara dos Deputados enviou a proposta para o Senado Federal, que, tendo como relator o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), aprovou-a no mesmo dia. "Essa é uma conquista importante e temos que festejar. Vamos continuar empenhados para continuar esse avanço, colaborando no que for possível aqui no Congresso Nacional. Tivemos a UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará), a Unifesspa hoje e vamos batalhar pela Universidade Federal do Nordeste do Pará e a Universidade do Marajó, que são regiões que também precisam urgentemente de instituições de ensino superior com maior autonomia e orçamentos próprios", destacou o senador.
A criação das universidades faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (Reuni), pelo qual o governo federal tem adotado uma série de medidas que objetivam retomar o crescimento do ensino superior público, tendo como meta inicial a interiorização deste nível de ensino. "Este governo federal tem um compromisso em continuar o processo de democratização do ensino superior no Brasil. Os números comprovam: em 2002 tínhamos 114 municípios como sede de universidades federais. Hoje este número saltou para 275, sem contar com os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia", comemora o deputado Cláudio Puty (PT-PA), relator do projeto de criação da Unifesspa na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Conforme ele, a bancada já conseguiu garantir R$ 41 milhões no Ministério da Educação (MEC) para que a Unifesspa possa fazer as primeiras licitações e construir os primeiros prédios. Serão 12.830 vagas em
47 cursos de graduação, já a partir de 2014