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Extinção de aves reduz tamanho de sementes do palmito juçara (TECNOLOGIA)

20/06/2013 - AGROSOFT BRASIL |UFOPA - Ufopa citada

8 de Junho de 2020 às 12:39


Extinção de aves reduz tamanho de sementes do palmito juçara (TECNOLOGIA)


O professor , da (Esalq) da ( ), em Piracicaba, integrou a equipe da pesquisa, liderada por , da (), em Rio Claro. O resultado do trabalho foi publicado na última edição de maio da revista. "Como consequência da redução da cobertura florestal e da caça, perdemos dispersores de sementes de maior porte, sejam eles aves ou mamíferos, por serem mais sensíveis à degradação e também mais caçados pelo homem", comenta Brancalion. Se os grandes dispersores somem das matas, sobram as aves e animais de menor porte, que não conseguem dispersar plantas com sementes grandes. "Na falta desses animais, as sementes das plantas que dependem de animais dispersores se concentram próximas à planta mãe, prejudicando a regeneração da espécie".
O palmito juçara é bem conhecido por produzir o palmito, muito consumido na culinária brasileira e por isso hoje ameaçado de extinção. Na Mata Atlântica, o juçara é uma importante fonte alimentar para mais de 50 espécies de aves, como papagaios, sabiás, jacús, arapongas e tucanos. "Muitas aves grandes que consomem frutos são caçadas ou não sobrevivem ao desmatamento e a redução da floresta" relata Mauro Galetti.
Segundo Brancalion, se a mata não tem mais esse tipo de animal perde-se o principal dispersor dos frutos maiores, o que pode comprometer a perpetuação da espécie. "Isso resultou numa mudança genética dessas populações ao longo dos mais de cem anos de fragmentação e defaunação da Mata Atlântica, fazendo com que hoje populações de juçara em matas sem tucanos produzam sementes menores", observa.
O professor contribuiu com a coleta de sementes em campo e, além disso, buscou entender quais as consequências da redução do tamanho da semente para a planta. "Foram avaliadas as consequências ecológicas associadas à variação do tamanho da semente na espécie", conta. "Então observou-se que, com a redução do tamanho, a semente fica mais vulnerável à perda dágua e corre mais riscos de morrer".
A semente do juçara tem naturalmente alto teor de água e, se perder muito o líquido, morre rapidamente. "Da mesma forma como muitas outras espécies de florestas tropicais úmidas, as sementes de juçara não toleram a perda intensa de água, pois são adaptadas a ambientes com solo úmido o ano todo ou, pelo menos, na época de dispersão das sementes", afirma Brancalion.
"Sementes menores apresentam maior superfície de exposição, o que aumenta a intensidade de perda dágua em ambientes secos. Como as sementes de juçara são dispersas principalmente entre os meses de março a junho, período em que se inicia a estação seca, as sementes menores ficam mais vulneráveis".
De acordo com o professor, "no cenário atual das mudanças climáticas globais, no qual tem-se observado um aumento na intensidade e duração de períodos secos em florestas tropicais úmidas, as sementes menores de juçara tendem a ficar ainda mais vulneráveis, prejudicando a perpetuação da espécie em matas sem grandes dispersores como os tucanos".
para ler o artigo.
Além de Mauro Galetti e Pedro Brancalion, participaram da pesquisa Roger Guevara, do Instituto de Ecologia (Rede de Biologia Evolutiva), no México, Marina Côrtes, Milton Ribeiro, Abraão Leite, Fábio Labecca e Thiago Ribeiro, da
, Rodrigo Fadini, da
(UFOPA), Sandro Von Matter, da
(UFRRJ), Carolina Carvalho e Rosane Collevatti, da
(UFG), Mathias Pires e Paulo Guimarães Junior, do
(IB) da
, e Pedro Jordano, da
(Espanha).
FONTE
- Jornalista
www.esalq.usp.br
www.ufrrj.br
www.UFOPA.edu.br
lattes.cnpq.br/8146112647703002
www.ebd.csic.es
www.unesp.br
www.ufg.br
www.usp.br
www.usp.br/agen
www.ib.usp.br
lattes.cnpq.br/3431375174670630
caiora@esalq.usp.br
www.sciencemag.org/content/340/6136/1086
.full?sid=dd1b377f-2745-4998-9814-ae3dc1
40fddc
www.sciencemag.org
www.unesp.br
www.usp.br
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