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Ultima atualização em 8 de Janeiro de 2021 às 21:21

Construção de Hidrelétricas é destacada em simpósio internacional

02/10/2013- DIÁRIO DO TAPAJÓS - Positiva

8 de Junho de 2020 às 20:29


Construção de Hidrelétricas é destacada em simpósio internacional


O simpósio acontece pela primeira vez em Santarém e deve viabilizar a execução de projetos na região
ARITANA AGUIAR
Pela primeira vez, a Amazônia é sede do Simpósio Bra-sil-Alemanha de Desenvolvimento Sustentável. e sua 6* edição ocorre em Santarém, Oeste do Pará. O tema "Clima e Energia Renovável" gerou uma discussão sobre a construção das hidrelétricas no estado, segundo o professor Bernhard Peregovich, que está na coordenação do evento, o tema é polêmico e complexo, mas importante. "Por ser polêmico e não poder ser solucionado com uma campanha a favor ou contra, é um tema complexo", destacou o professor alemão erradicado no Brasil.
Durante os debates, pesquisadores alemães defenderam a região como rica para energia renovável através da energia solar e eólica (através dos ventos), mas não fizeram nenhuma ressalva sobre benefícios e malefícios na construção de hidrelétricas na Amazônia, por pouco conhecimento sobre o assunto.
De acordo com o professor Peregovich a construção das hidrelétricas tem seus benefícios, mas também os impactos negativos. "Deve-se avaliar o que tem mais peso (os aspectos positivos ou negativos), algo não muito fácil, por que cada um tem seus interesses: o povo que vive lá quer continuar, para eles a hidrelétrica é um impacto negativo. Os que não são de lá, defendem afirmando que vão indenizar as pessoas, esse é outro aspecto, mas existem muitos", analisou Bernhard.
Um dos pontos destacados pelo geólogo em relação à construção das hidrelétricas seriam as conseqüências para a morfologia dos rios, por não saber quais seriam aos resultados. "Não tenho nada a dizer a favor ou contra, eu penso como cientista, e quero levantar mais dados e fatos de todos os aspectos: biodiversidade se está afetando sim ou não, caso sim, muito ou pouco, quero quantificar. O cientista não fala em bom ou ruim, levanta dados, fatos, e interpreta", defendeu Peregovich.
O pesquisador ainda defende que discutir mesmo num simpósio a situação da construção de hidrelétricas na Amazônia é preciso de mais pesquisas e ter uma base para debater todos os aspectos cue envolvem a construção.
Esse acordo entre Brasil e Alemanha, através do simpósio é uma forma dos dois países trocarem conhecimento. "2s-pero que possamos trocar ideias, conhecermos um ao outro, são dois mundos diferentes - Alemanha e Amazônia - com certeza é o inicio para a alerta e ficarmos um pouco mais cois-ciente das demandas e necessidades", defendeu o professor com a preocupação que o simpósio traga resultados de desenvolvimento sustentável para a região.
Desde 2003 ocorre, a cada dois anos, o Simpósio Brteil--Alemanha de Desenvolvimento Sustentável, alternadamente, em ambos os países. Após o sucesso das edições dos Simpósios já realizados, em 2003 em Tübingen, 2005 em Santa Maria e Santa Cruz do Sul -RS, 2007 em Freiburg, 2009 em Curitiba - PR, 2011 cm Stuttgart. O próximo em 2013 será na região Amazônica, na cidade de Santarém, Estado do Pará, Brasil.
O 6o Simpósio Brasil - Alemanha começou no dia 29 de setembro e encerra dia 4 de outubro e é
realizado nas dependências da Universidade Federal do Oeste do Pará. E uma das principais finalidades é apresentar Santarém e o Pará como sedes promissoras de projetos de cooperação.