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Navio-hospital Abaré faz mais de 4,4 mil atendimentos em Belterra

29/10/2013-G1 | PARÁ - Positiva

8 de Junho de 2020 às 19:00


Navio-hospital Abaré faz mais de 4,4 mil atendimentos em Belterra
18 comunidades foram atendidas.Viagem na Flona durou 7 dias.


Mais de 4.400 atendimentos de saúde foram realizados nas comunidades ribeirinhas da Floresta Nacional do Tapajós (Flona), em Belterra, oeste do Pará, na viagem do navio-hospital Abaré I do último final de semana, conforme informou a assessoria de comunicação da prefeitura do município. A viagem durou sete dias e terminou nesta segunda-feira (28).
Mais de 400 pessoas foram atendidas com atendimento médico e de enfermagem, de fonoaudiologia, odontologia e exames de laboratório. A equipe atendeu os moradores de 18 comunidades.
O Abaré I é de propriedade da organização não-governamental (ONG) holandesa Terre des Hommes e iniciou os serviços de atendimento em 2006, em parceria com as prefeituras da região. Ao todo 15 mil ribeirinhos de mais de 70 comunidades dos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, no oeste do Pará, são beneficiados com os atendimentos na área da saúde.
Segundo o secretário de saúde do município de Belterra, José Antônio Rocha, o navio-hospital é equipado para atender pacientes de média complexidade. "Há uma instrumentalização toda aqui a bordo da embarcação, inclusive com profissional médico".
Ainda de acordo com o secretário, o funcionamento do navio é feito através de um consórcio formado entre os três municípios em que o Abaré atende. "É realizada uma viagem por mês a cada município. Em Santarém ele passa 10 dias, em Belterra, 7, e em Aveiro, 3 dias", explica.
A dona de casa Janete Silva, 42 anos, diz que seria quase impossível conseguir o atendimento para a família dela se não fosse o Abaré vir até a comunidade."É muito difícil ter que ir até Belterra para receber atendimento, é muito bom os médicos vir até aqui na nossa comunidade".
O secretário destaca a dificuldade de atracar o navio nessa época do ano devido a vazante dos rios. Para que a população não fique sem o atendimento médico, a atracação é feita em comunidades pólos e os moradores das comunidades próximas se deslocam de canoas, rabetas (canoas motorizadas) e lanchas, até chegarem ao navio.
"Quando a cheia do rio está mais intensa, é mais fácil para o Abaré, como um navio de grande porte, fazer esse trabalho todo, mas nessa época também de vazante que estamos, o Abaré também faz as viagens. Nós dependemos muito da condição dos portos de cada comunidade para que possa realmente receber a embarcação", ressalta o secretário.
A aquisição do navio está sendo negociada pelo Ministério da Saúde, que será responsável pelos custos de manutenção, ampliando o valor repassado anualmente ao Fundo Municipal de Saúde de Santarém. De acordo com informações do Portal da Saúde, a unidade recebe R$ 600 mil de incentivo ao ano, e passará a receber um adicional de R$300 mil, totalizando R$ 900 mil ao ano. A gestão do Abaré também está sendo negociada para ser feita pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), a partir de 2014.

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