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05/08/2014 - G1 Santarém - Positiva
22 de Junho de 2020 às 15:51
Cientista da Nasa apresenta técnica de sensoriamento usada na Amazônia
Palestra ocorreu nesta terça (5) na Universidade Federal do Oeste do Pará.
Douglas Morton apresentou técnica de sensoriamento remoto Lidar.
Do G1 Santarém
Pesquisador da Nasa, Douglas Morton, fez palestra
'Sensoriamento Remoto: aplicações na Amazônia'
(Foto: Talita Baena/Ascom Ufopa)
Em palestra realizada nesta terça-feira (5), na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, o cientista da Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica (Nasa), Douglas Morton, apresentou dados e imagens de uma nova técnica de sensoriamento remoto, a Lidar, que a Nasa utiliza na Amazônia. Segundo ele, a tecnologia consiste numa pequena aeronave que permite registrar dados detalhados da Terra em 3D.
A palestra “Sensoriamento Remoto: aplicações na Amazônia” mostrou a utilização de satélites para compreensão dos processos naturais e a influência do clima amazônico nos climas de outras partes do mundo. “Começa aqui, mas tem influência sobre o mundo inteiro. Por exemplo, ciclo de chuva. Começa aqui, mas tem influência tanto na parte sul do Brasil quanto nas áreas mais para cima, onde eu moro, nos Estados Unidos”, explicou.
Segundo ele, a Nasa tem atualmente 20 satélites monitorando queimadas, chuvas e outros componentes climáticos da Terra, incluindo biosfera, atmosfera e oceanos. “Uso vários satélites, em combinação, para ter um entendimento melhor do que uma perspectiva só. Vou dar exemplos de monitoramento na parte de desmatamento, das queimadas, do uso da terra, do clico de safra”, afirmou.
Douglas Morton é professor assistente da Universidade de Maryland (EUA) e investiga mudanças do uso do solo em florestas tropicais. Desde 2000, ele desenvolve estudos na Amazônia brasileira, com a colaboração de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Instituto do Homem e Meio Ambiente (Imazon) e da Ufopa. “Estou planejando para um trabalho de campo que vai acontecer daqui a um mês. Estamos fazendo medidas de campo e também sobrevoos de Lidar e, em geral, passo alguns meses por ano dentro da Amazônia”, explicou. “Aqui em Santarém, fiz os trabalhos de campo em 2003 até 2005, mais na parte das queimadas e, agora, temos entendimento melhor sobre todos os processos de desmatamento, degradação, os processos de ecossistemas naturais. Estamos juntando toda a informação para um projeto grande, junto com os professores aqui da Ufopa, e os outros parceiros da região”, finalizou.
