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Ultima atualização em 25 de Julho de 2020 às 23:35

Projeto pretende monitorar estoque pesqueiro no Baixo Amazonas

07/10/2014 - G1 Santarém - Positiva

22 de Junho de 2020 às 16:15

Projeto pretende monitorar estoque pesqueiro no Baixo Amazonas

Dados coletados devem servir para o planejamento e manejo da pesca.
Projeto também busca interação entre entidades pesqueiras da região.

Do G1 Santarém

 

Tambaqui só poderá ser vendido se for de viveiro ou com declaração de estoque (Foto: Zé Rodrigues/ TV Tapajós)

Espécies comercializadas na Feira do Pescado são
monitoradas desde 2011
(Foto: Zé Rodrigues/ TV Tapajós)

Um projeto da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) pretende fazer o monitoramento biológico dos estoques pesqueiros na região do Baixo Amazonas paraense. O Laboratório de Geoinformação e Investigação Pesqueira do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), está implementando o projeto, denominado Rede Institucional de Informações Pesqueiras do Baixo Amazonas, em parceria com o Movimento de Pescadores.

A ideia é usar tecnologias de acesso, de controle e de monitoramento de dados pesqueiros, visando à produção de informações estratégicas para o planejamento e o manejo da pesca na região, além de proporcionar a interação entre as entidades atuantes no setor pesqueiro.

As colônias de pescadores Z-20, de Santarém, e Z-28, de Alenquer, apoiam o projeto e realizam estudos e diagnósticos sobre a produção pesqueira nesses municípios.

“A ideia é construir uma base de informações para ser utilizada tanto para a comunidade científica fazer estudos e tentar entender até que ponto o sistema pesqueiro atual suporta a pressão, como também para servir de base para a tomada de decisões de manejo com a participação efetiva dos pescadores”, explica o professor Keid Nolan, idealizador do projeto.

Segundo Nolan, apesar de o Baixo Amazonas ter tradição de pesquisas e ser referência sobre pesca na Amazônia, é necessário refletir sobre até que ponto a coleta de dados tem sido efetivamente útil para o manejo da pesca. “As coletas de dados são feitas por diversas ações e instituições, mas não congregam as informações num lugar só para que possamos dar uma finalidade científica ou de manejo”, avalia.

Ainda segundo o professor, as informações geradas devem dar suporte a tomadas de decisão que permitirão quantificar indicadores das potencialidades e vulnerabilidades do setor pesqueiro na região, subsidiando decisões das representações de classe, como as colônias de pescadores, bem como das esferas de gestão pública.

Alenquer
O projeto pretende monitorar a pesca juntamente com os 2.500 filiados à Colônia Z-28. Na fase inicial, está previsto o trabalho conjunto com 150 a 200 famílias de áreas de terra firme e de várzea. A intenção é que cada família registre informações básicas sobre as espécies capturadas.

A ideia é que a universidade funcione como um local de processamento e análise dos dados coletados pelas famílias de pescadores, com o compromisso de retornar, para a colônia e as comunidades, as informações processadas, por meio de relatórios trimestrais.

Feira do Pescado
Em Santarém, a equipe de alunos e professores do Laboratório de Geoinformação monitora e analisa biologicamente as principais espécies comercializadas na Feira do Pescado, desde 2011. A feira é o principal porto de desembarque de peixes da cidade, situado às margens do Rio Tapajós e gerenciado pela Colônia de Pescadores Z-20. A atual fase do projeto dará ênfase ao monitoramento de quatro espécies de pescado: aracu, pacu, pescada e tucunaré. A proposta de quantificar o desembarque do pescado e de determinar as principais espécies comerciais da cidade surgiu da necessidade de entender o nível de exploração dessas espécies.

O projeto conta com uma base de dados com mais de 20 mil registros de desembarque diário na Feira, em apenas três anos de monitoramento. Esses dados são compartilhados com a Colônia de Pescadores Z-20 para a entidade suprir as demandas do Ministério da Pesca.

 

Link:http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2014/10/projeto-pretende-monitorar-estoque-pesqueiro-no-baixo-amazonas.html