Criado em 14 de Outubro de 2020 às 13:53
11/6/2015 - G1 Santarém e Região - Positiva
14 de Outubro de 2020 às 13:53
Monitoramento vai identificar praias impróprias para banho em Santarém
Alter do Chão, Ponta de Pedras, Maracanã e Pajuçara serão monitoradas.
Semma também quer analisar água de microssistemas da zona rural.
Karla Lima
Do G1 Santarém
Praia de Alter do Chão no período de cheia do rio Tapajós (Foto: Luti Gomes/ G1)
O município de Santarém, oeste do Pará, passará a contar nos próximos meses com o Programa de Monitoramento das Águas, que tem como objetivo controlar a qualidade do líquido tanto para consumo humano (análise potabilidade), quanto para banho nas praias (análise de balneabilidade). De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a inciativa é uma forma de garantir segurança aos usuários.
O programa foi lançado na quarta-feira (10), e segundo a Semma, inicialmente os diagnósticos serão realizadas duas vezes ao ano, no verão e no inverno. A princípio serão analisadas quatro praias com maior fluxo de visitantes, localizadas à margem direita do Rio Tapajós: Alter do Chão, Ponta de Pedras, Pajuçara e Maracanã. “Santarém é um município, que como grande parte dos municípios do Baixo Amazonas está cercado de água por todos os lados. Temos muita água no subsolo e água na superfície. Precisamos estabelecer primeiro esse controle do monitoramento, pois embora tenhamos uma quantidade, precisamos saber a qualidade da água”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Podalyro Neto.
Praias analise balneabilidade (Foto: Andressa Azevedo/Editoria de Arte)
O secretário explicou que também será feita pesquisa de potabilidade nos microssistemas existentes nas comunidades da zona rural. “Nesses microssistemas a captação é de poço. Têm sistemas que foram construídos há 15 anos e precisa ser feito um relatório deles para saber se as pessoas estão consumindo água de qualidade do subsolo (...). Existe uma parte da comunidade em várzea que está consumindo água da superfície. É onde queremos chegar com essas politicas públicas, com esse equipamento lá”.
Com o monitoramento semestral nas praias, se constatada que a água está imprópria, o trecho será devidamente sinalizado alertando os banhistas para os perigos.
Questionado sobre um possível monitoramento do rio em frente a cidade, Neto explicou que não há previsão, devido aos poucos recursos, e por não ser uma área destinada especificamente para banhista.
O trabalho contará com a parceria do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Universidade Federal do Oeste Pará (UFOPA).
Análise em Alter do Chão
Existe uma legislação de 2003, que estabelece o Programa Nacional de Qualidade da Água do Brasil, mas ainda assim, Neto comentou que a pesquisa que identificou coliformes fecais em alguns trechos da praia de Alter do Chão, no início de 2015, e que estaria causando um surto hepatite A, foi um dos fatores motivadores para a implantação do programa na cidade.
Diante dos fatos, foi feito um novo estudo de balneabilidade em Alter do Chão e o órgão aguarda a conclusão. “Se o resultado for positivo e mostrar que dentro dos padrões, principalmente da resolução do Conama [Conselho Nacional de Meio Ambiente], que fala da quantidade de coliformes em 100 ml estiver dentro do que a legislação fala, obviamente teremos que trabalhar forte para melhorar ainda mais. Esperamos que a universidade [Ufopa] entregue o mais rápido possível, para que a gente divulgue e socialize com todos”.
Monitoramento com chips
A secretaria está buscando uma parceria com o Instituto InfoAmazonia para trabalhar com um sistema de sensor em chips capazes de mandar as informações sobre a qualidade da água diretamente ao Centro Municipal de Informação e Educação Ambiental (CIAM).
Link: http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2015/06/monitoramento-vai-identificar-praias-improprias-para-banho-em-santarem.html