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Criado em 16 de Outubro de 2020 às 14:15

Placas sobre condições para banho em Alter serão fixadas até sexta; veja

2/9/2015 - G1 Santarém e Região - Neutra

16 de Outubro de 2020 às 14:15

Placas sobre condições para banho em Alter serão fixadas até sexta; veja

Justiça determinou sinalização, mas prefeitura diz que já estava nos planos.
Pesquisa apontou que dois pontos estão impróprios para banho.

Do G1 Santarém

 

Modelos das placas que serão fixadas nas praias de Alter do Chão (Foto: Reprodução/TV Tapajós)Modelos das placas que serão fixadas nas praias de Alter do Chão (Foto: Reprodução/TV Tapajós)

As placas de sinalização que devem informar e orientar a população sobre as condições de banho nas praias e pontos da vila de Alter do Chão, distante a quase 40 km de Santarém, no oeste do Pará, deverão ser instaladas até sexta-feira (4). Segundo a prefeitura, a sinalização das áreas está prevista independente da determinação judicial que dá prazo de 48 horas, a partir da notificação, para que a medida seja tomada.

 

 

 

 

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Serão quatro modelos de placas sinalizando os pontos como “próprios” e “impróprios” para banho (Assista ao vídeoao lado). A Justiça havia mandado que fossem sinalizadas a escadaria e as saídas das galerias pluviaisas, que não têm condições para os banhistas.

De acordo com o relatório da pesquisa realizada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), divulgada no dia 12 de agosto, Igarapé do Macaco, Ilha do Amor e rio Tapajós têm a qualidade da água considerada “muito boa”. A orla, a Praia do CAT e Praia do Cajueiro estão em condições “satisfatórias”.

Infográfico mostra condições de balneabilidade das águas de Alter do Chão (Foto: Andressa Azevedo/G1)

 

Alter do Chão (Foto: Zé Rodrigues)Local próximo à escadaria não tem condições para
banho(Foto: Zé Rodrigues)

Entenda
Após informações de que um possível surto de hepatite A registrado na vila de Alter do Chão em janeiro de 2015 pode ter sido causado pela água contaminada, o Ministério Público estabeleceu prazos para as secretarias municipais adotarem providências para prevenir moradores e visitantes da vila e solicitou que a Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) e a Ufopa, por meio do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) fizessem a análise da água em alguns pontos da vila. Após análise microbiológica da água de 14 pontos de Alter do Chão, o Laboratório de Ensino Interdisciplinar em Biologia Aplicada detectou que as amostras analisadas não estavam em conformidade com a legislação vigente, pois em mais de 80% das amostras foi encontrada a presença de coliformes totais e de termotolerantes, conforme a resolução nº 357 (2005) do Conama.

 

ogo após a divulgação dos resultados pela Ufopa, o MP moveu uma ação civil contra a Prefeitura de Santarém pedindo que fossem interditados antes do Carnaval pontos contaminados na vila de Alter do Chão para evitar novos casos de hepatite A. No dia 14 de fevereiro, medida emergencial a prefeitura baixou um decreto estabelecendo diretrizes sobre a circulação e permanência de embarcações e animais domésticos na vila balneária e começou a intensificar as ações para prevenir a transmissão de doenças de origem hídrica por meio da trabalho conjunto das secretarias municipais.

Alter do Chão (Foto: Zé Rodrigues)Fim das galerias pluviais é um dos pontos
improprios e não tem sinalização (Foto: Zé
Rodrigues)

Economia afetada
A repercussão da contaminação das águas repercutiram nacionalmente e afetou a economia local da vila. Por semanas, o movimento de turistas diminuiu e reservas em hotéis e pousadas chegaram a ser canceladas. Moradores e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Santarém, realizaram ações como o abraço simbólico a Alter do Chão.

Monitoramento das águas
Santarém agora conta com o Programa de Monitoramento das Águas, que tem como objetivo controlar a qualidade do líquido tanto para consumo humano (análise potabilidade), quanto para banho nas praias (análise de balneabilidade).

O programa foi lançado dia 10 de junho e inicialmente os diagnósticos serão realizados duas vezes ao ano, no verão e no inverno. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, será necessária outra pesquisa para comprovar se a presença de pessoas vai influenciar no resultado.