Ultima atualização em 25 de Julho de 2020 às 23:24
03/09/2015 - G1 Santarém-PA - Ufopa sendo citada
22 de Junho de 2020 às 18:01
‘Problema em Alter não é placa, é saneamento’, diz promotor do MPE
Segundo ele, é preciso acabar com os esgotos que são lançados no rio.
Relatório da Ufopa apontou duas áreas como impróprias para banho.
Do G1 Santarém
Placas dos locais "impróprios" já foram instaladas (Foto: Divulgação/Ascom Semma)
Em entrevista à TV Tapajós, o promotor público de Justiça Túlio Novaes afirmou que a solução para a questão que envolve as condições para banho nas praias de Alter do Chão, vila que fica a quase 40 km de Santarém, oeste do Pará, é a melhoria em saneamento básico para evitar a poluição do rio.
Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), divulgada no dia 12 de agosto, apontou as condições das águas como “impróprias” para banho no fim de galerias pluviais e na escadaria da orla. Na terça-feira (1°), a Justiça Federal determinou que sejam sinalizados e interditados esses locais. A prefeitura informou que já está sinalizando todos os locais, independente da determinação judicial.
Para o promotor, não basta sinalizar. “O verdadeiro problema não é placa, o verdadeiro problema é saneamento. Os dois Ministérios Públicos [Estadual e Federal] só vão descansar quando não houver mais esgoto sendo lançado no Lago Verde. Essa é uma realidade que estamos focando”, destacou.
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O Ministério Público do Estado (MPE) enviou ao Município uma recomendação para que as placas que estão sendo fixadas nas praias informando sobre as condições para banho não se limitem a alertar quais estão próprias e quais estão impróprias, mas que sejam detalhadas, de acordo com Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). “As águas que são próprias têm uma subdivisão que vai desde a água satisfatória a água excelente. São três níveis. A água satisfatória está num estado limítrofe. Abaixo disso, a água é imprópria. É importante que a população seja informada corretamente”, explicou Novaes.
O secretário de Meio Ambiente Podalyro Neto explicou que medidas devem ser adotadas e que outra pesquisa deve ser feita no período após a vazante do rio, quando há presença de pessoas. “Num dos pontos onde está impróprio não tem água drenando mais. Um continua. A Seminfra [Secretaria Municipal de Infraestrutura] já está fazendo levantamento, estamos atacando esse ponto com relação às águas servidas, forçando aquelas residências que têm suas ligações diretas na rede de drenagem pluvial para que isso pare imediatamente, elas construam seus sumidouros para que a água seja filtrada naquele ponto”.
A pesquisa da Ufopa apontou ainda que o Igarapé do Macaco, Ilha do Amor e rio Tapajós têm a qualidade da água considerada “muito boa”. A orla, a Praia do CAT e Praia do Cajueiro estão em condições “satisfatórias”.