Desculpe, o seu navegador não suporta JavaScript!

Ultima atualização em 22 de Julho de 2020 às 21:51

Movimento discute implantação de megaprojetos no rio Tapajós

29/07/2016 - G1 Santarém-Pa - Ufopa sendo citada

22 de Junho de 2020 às 17:04

Movimento discute implantação de megaprojetos no rio Tapajós

Quarenta e três usinas hidrelétricas estão previstas na bacia rioTapajós.
Reunião foi preparação para a Caravana em Defesa dos Povos do Tapajós.

Ana Carolina MaiaDo G1 Santarém

Rio Tapajós, em Santarém, oeste do Pará (Foto: Armando Carvalho)Águas do rio Tapajós estão ameaçadas por hidrelétricas (Foto: Armando Carvalho)

Estudantes, representantes de trabalhadores rurais, indígenas, acadêmicos e militantes de movimentos sociais se reuniram na quinta-feira (28) no auditório da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém, para discutir os impactos socioambientais da implantação de projetos na área do agronegócio, hidrelétrica, mineração e concessão florestal na região. Segundo os organizadores, as iniciativas vão prejudicar drasticamente o modo de vida das populações tradicionais se forem colocadas em prática.

Auditório da UFOPA recebe roda de conversas a favor do rio Tapajós (Foto: Johnson Portela/Divulgação)Auditório da Ufopa recebeu roda de conversa sobre
empreendimentos no rio Tapajós
(Foto: Johnson Portela/Divulgação)

A roda de conversa foi uma preparação para a 2ª Caravana em Defesa dos Povos do Tapajós, que será realizada de 26 a 28 de agosto, Itaituba (Médio Tapajós) e vai receber comunidades da nascente à foz do rio Tapajós para discutir o presente e o futuro.

A Caravana é a oportunidade para que pescadores, barqueiros, garimpeiros, beiradeiros, indígenas, agricultores, extrativistas, artistas, trabalhadores urbanos e rurais debatam em conjunto as estratégias de resistência aos grandes projetos e as alternativas para um desenvolvimento inclusivo e socioambientalmente responsável.

O evento foi realizado pelo movimento “Tapajós Vivo”, que luta contra megaprojetos na bacia do rio Tapajós e conscientiza a população sobre as ameaças aos povos e a natureza. De acordo com o  Greenpeace o empreendimento mais delicado e de consequências devastadoras é a proposta de construção de quarenta e três usinas hidrelétricas previstas para a bacia do rio Tapajós.

A maior delas, a de São Luiz do Tapajós, próximo ao município de Itaituba, região do oeste paraense. A proposta é construir uma barragem  com 7,6 quilômetros de comprimento e mais de 53 metros de altura. O plano é que a barragem tenha um reservatório de 729 km². Se construída, São Luiz do Tapajós vai destruir 14 lagoas sazonais e perenes, mais de 7 mil hectares de pedrais (áreas com pedras nos rios importantes por abrigar diversas espécies de peixes, morcegos e aves), 320 ilhas e 17 corredeiras.

Toda extração de energia da natureza traz algum impacto , espécies de peixes têm grandes chances de desaparecer, árvores viram madeira podre (...)

Arthur Massuda, Movimento Tapajós Vivo

O  coordenador de projetos do movimento "Tapajós Vivo", Arthur Massuda alerta para os impactos negativos que a construção das hidrelétricas vai causar nos municípios da bacia Amazônica, incluindo Santarém. “Esse tipo de empreendimento afeta toda a dinâmica da região, seja populacional ou ambiental, Toda extração de energia da natureza traz algum impacto, espécies de peixes têm grandes chances de desaparecer, árvores viram madeira podre debaixo da inundação. Isso fora o impacto social de milhares de famílias deixam suas casas e têm de recomeçar sua vida do zero num outro lugar”, destacou.

 

Link:http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2016/07/em-santarem-movimento-discute-implantacao-de-projetos-no-rio-tapajos.html