Ultima atualização em 22 de Julho de 2020 às 21:46
04/05/2016 - G1 Santarém-PA - Positiva
22 de Junho de 2020 às 16:49
Alunos da Ufopa criam tecnologia de monitoramento ambiental
Rede permitirá a aquisição remota de dados atmosféricos e ambientais.
Implantação está prevista para meados dos meses de julho e agosto.
Do G1 Santarém
Projeto foi desenvolvido por estudantes dos
cursos de Geofísica, Ciências da Computação
e Ciências Atmosféricas (Foto: Ufopa/Divulgação)
Alunos dos cursos de Geofísica, Ciências da Computação e Ciências Atmosféricas da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em Santarém, estão em processo de implantação de uma rede de monitoramento ambiental à distância na Floresta Nacional do Tapajós (Flona). Segundo a Ufopa, a rede permitirá a aquisição remota, e em tempo real, de dados atmosféricos e ambientais, como temperatura, umidade relativa do ar, pressão atmosférica e luminosidade.
Ainda segundo a Ufopa, o monitoramento será de forma autônoma será alimentado através de energia solar. O protótipo é composto por microestações meteorológicas que, espalhadas geograficamente, monitoram e enviam dados para um coordenador central, que carrega essas informações automaticamente para a Internet, reunindo-as em um banco de dados. Com isso, o pesquisador poderá receber os dados no próprio e-mail ou acompanhar sua atualização em uma página na internet.
De acordo com o estudante Giorgio Arlan, aluno do curso de geofísica, o projeto está em fase de testes e seu funcionamento está previsto para meados dos meses de julho e agosto. O projeto é de baixo custo e poderá ajudar nas previsões meteorológicas para Santarém e, possivelmente, para a região.
Diferentemente das torres já existentes, o sistema elaborado na Ufopa é baseado no conceito das redes de sensores sem fio – protocolo que vêm sendo amplamente utilizado para monitoramento ambiental no mundo. Essa tecnologia facilita o monitoramento de áreas amplas e remotas, pois não requer grandes estruturas físicas de comunicação e energia, como cabos e torres.
Ainda de acordo com a Ufopa, a dinâmica e a variabilidade do clima amazônico ainda são uma incógnita para pesquisadores de todo o mundo. Dessa forma, um projeto de baixo custo, que permita o estudo do ambiente amazônico em larga escala espacial e temporal é muito importante para a região.
Protótipo é composto por microestações meteorológicas (Foto: Ufopa/Divulgação)