Ultima atualização em 22 de Julho de 2020 às 21:58
29/11/2016 - G1 Santarém-Pa - Ufopa sendo citada
22 de Junho de 2020 às 17:25
Tubarão cabeça-chata é pescado nas águas do rio Tapajós, em Santarém
Espécie habita geralmente águas salgadas, mas pode viver em água doce.
Pescador disse que saiu para pescar dourada e voltou pra casa com tubarão.
Ana Carolina MaiaDo G1 Santarém, com informações da TV Tapajós
Pescador Glicério Viana, de 56 anos disse que se assustou quando puxou a rede e viu o tubarão (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)
Um tubarão da espécie cabeça-chata (Carcharhinus leucas) foi capturado na manhã desta terça-feira (29) nas águas do rio Tapajós, na Enseada Grande, região perto da comunidade Pinduri, no município de Santarém, no oeste do Pará. A espécie habita geralmente águas salgadas, mas tem capacidade de se adaptar e viver em água doce.
Eu saí para pescar uma dourada e acabei pescando um tubarão"
pescador Glicério Viana
O animal que mede 1,55 metros de comprimento e 65 centímetros de diâmetro foi capturado pelo pescador Glicério Viana, de 56 anos. Segundo ele, o tubarão apareceu morto na rede de pesca junto com outros peixes. "Eu saí de casa para pescar uma dourada e acabei pescando um tubarão. Nesses 40 anos de vida trabalhando como pescador eu nunca tinha visto um. Até tirei foto para comprovar e não dizerem que era história de pescador", contou impressionado com o ocorrido.
Após a pesca, ele levou o peixe para casa. A história chamou atenção e atraiu vizinhos e curiosos.
Tubarõ mede 1,55 metros de comprimento e 65 centímetros de diâmetro (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)
O biólogo da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), André Canto destacou qual a hipótese mais provável para o aparecimento do tubarão no rio Tapajós. “É bastante provável que o animal tenha vindo acompanhando navios, pois eles despejam na água matérias orgânicas e dejetos e o tubarão se alimenta desse material. Eles se adaptam bem em águas mais doces”, ressaltou.
O animal será encaminhado para a coleção de peixes da Universidade e ficará disponível para pesquisas científicas, aulas práticas e feiras de ciências.
Espécie habita geralmente águas salgadas, mas pode viver em água doce (Foto: Maurício Rebouças/TV Tapajós)