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Criado em 21 de Janeiro de 2020 às 14:32

Projeto científico quer fortalecer a cadeia produtiva de mandioca e macaxeira com clones vegetais

20/1/2018-G1 Santarém e Região- Positivo

21 de Janeiro de 2020 às 14:32

Projeto científico quer fortalecer a cadeia produtiva de mandioca e macaxeira com clones vegetais

Laboratório montado no IFPA de Santarém produzirá mudas de mandioca e macaxeira in vitro, de qualidade fitossanitária e em grande escala, para doação à agricultores da região.

 

 

Laboratório vai permitir expansão da produção com mudas de qualidade genética e livre de doenças — Foto: Fábio Cadete/G1

Laboratório vai permitir expansão da produção com mudas de qualidade genética e livre de doenças — Foto: Fábio Cadete/G1

O laboratório de Micropropagação de Plantas in vitro, inaugurado na quinta-feira (18), nas dependências do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus de Santarém, faz parte do projeto "Multiplicação de Material de Propagação de Mandioca/Macaxeira com Qualidade Fitossanitária", coordenado pelo professor doutor Carlos Ivan Aguilar Vildoso, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

O laboratório, patrocinado pela empresa Cargill Agrícola S/A, é uma ação compartilhada entre Ufopa, IFPA e membros do Grupo de Gestão Integrada para o Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI), Emater-PA, Embrapa, Prefeitura e o Sindicato Rural de Santarém. O uso compartilhado do espaço entre alunos, técnicos e professores da Ufopa e do IFPA foi regulamentado por um termo de cooperação técnica, que ficará em vigor durante dois anos.

“O laboratório, além de promover estudos científicos para alunos das instituições envolvidas, também pode alavancar a economia da agricultura familiar, expandindo a produção com mudas de qualidade genética e fitossanitária, ou seja, livre de doenças. Serão entregues três mil mudas no próximo ano”, explicou a responsável pelo laboratório, professora doutora Eliandra de Freitas Sia.

As mudas matrizes, que são aquelas saudáveis, longe de pragas e doenças, são utilizadas como fonte de explantes (partes menores da planta utilizadas para iniciar a cultura in vitro), os quais vão regenerar uma planta recém-nascida inteira dentro de um vidro, em laboratório. Depois, outras etapas serão necessárias para adaptação das mudas às condições de campo, para que assim sejam realizadas as doações. Será um processo em torno de seis meses.

Rogério Rangel Rodrigues, técnico do IFPA, responsável pelo Laboratório de Micropropagação de Plantas in vitro — Foto: Fábio Cadete/G1

Rogério Rangel Rodrigues, técnico do IFPA, responsável pelo Laboratório de Micropropagação de Plantas in vitro — Foto: Fábio Cadete/G1

“O que a planta recebe no ambiente natural é imitado em laboratório. Temos o meio de cultura com nutrientes e reguladores de crescimento, onde as plantas serão introduzidas. Em seguida, elas serão acondicionadas em ambiente com luminosidade e temperatura controlados”, explicou o técnico de laboratório do IFPA, Rogério Rangel Rodrigues.

A técnica inicia com um processo de desinfestação dos tecidos, provenientes das matrizes de mandioca. Essa etapa é realizada em equipamento (capela de fluxo laminar) que mantém o material preservado enquanto é introduzido dentro de um vidro contendo o meio nutritivo. Depois de 30 dias, em média, inicia a fase de multiplicação. Nesta etapa, as plantas recém-nascidas que apresentam cerca de 10 a 15 cm são repicadas em microestacas, que são reintroduzidas in vitro, gerando novos embriões.

Dentro de tubetes as  plantas são levadas para o viveiro de aclimatização antes de irem para o campo — Foto: Fábio Cadete/G1

Dentro de tubetes as plantas são levadas para o viveiro de aclimatização antes de irem para o campo — Foto: Fábio Cadete/G1

Após a geração de uma certa quantidade de mudas, cada uma delas passará para um tubete contendo substrato. “Dentro desse tubete elas serão levadas para o viveiro de aclimatização antes de ir de fato para o campo. Esse processo é superimportante, porque no laboratório as mudas recebem uma luz artificial, e para serem aclimatizadas elas passarão por um processo de adaptação”, finalizou o técnico.

Com a produção em larga escala de mudas de qualidade, em espaço e tempo reduzidos, a coordenação do projeto acredita que será possível alavancar a cadeia produtiva da mandioca e macaxeira na região oeste do Pará.

Link:https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/projeto-cientifico-quer-fortalecer-a-cadeia-produtiva-de-mandioca-e-macaxeira-com-clones-vegetais.ghtml