Mudas plantadas com utilização do adubo produzido pelos acadêmicos do curso de ciências e tecnologia das águas — Foto: Reprodução/Tv Tapajós
Para fazer a compostagem com restos de alimentos, como frutas e legumes, pode ser colocada uma camada de terra preta, uma de alimento e, por último, outra camada de terra preta. O chorume, líquido proveniente da matéria orgânica do lixo, pode ser usado como fertilizante para plantas.
O educador ambiental Joselito Góes disse que o material orgânico é transformado em adubo. “É feito todo o processo de armazenagem do orgânico e coberto com terra, só que, de 15 em 15 dias, tem que ir molhando para que o processo dessa matéria orgânica entre no processo de decomposição realmente”.
Joselito ressaltou ainda a importância do aproveitamento orgânico para o meio ambiente. “Você vai ajudar o planeta na sua purificação para que possamos respirar um ar melhorado. Apesar de queimar ser mais rápido, para trazer coisas boas é preciso de um pouquinho de trabalho e, para a natureza, nada melhor que você aproveitar, reutilizar a matéria orgânica nas plantas”.
Na cartilha dos acadêmicos da Ufopa, a compostagem é explicada de forma prática e didática, com o auxílio de desenhos. A acadêmica Bruna Campos frisou que o trabalho foi uma forma de levar o benefício para a comunidade, a partir do que foi aprendido na Universidade.
“É o ensino atrelado à extensão. Queremos que haja um retorno para a comunidade, de forma que não fique apenas dentro da Universidade. A gente aprende bastante, então é importante que esse aprendizado também vá para fora da Universidade, para que haja essa extensão”, destacou Bruna.
A cartilha agroecológica intitulada “Compostagem: como aproveitar os resíduos disponíveis em sua propriedade?” foi publicada pela editora da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA) para ser utilizada nos municípios do Oeste do Pará. Ela é resultado de um estudo realizado pelos discentes no Parque de Exposição Alacid Nunes, em Santarém (PA).
“Esse trinômio ‘Sociedade, natureza e desenvolvimento’, de você conseguir trazer o desenvolvimento numa sociedade, atrelada à conservação, à sustentabilidade, é possível”, finalizou a professora Sâmia Rubielle.