O ICMBio e Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) realizaram no dia 08 de junho caminhadas na trilha da comunidade do Acaratinga e rodada de conversas na comunidade do Jaguarari, interior da Flona do Tapajós, para relembrar e comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 05 de junho. Participaram do evento comunitários, professores e estudantes da UFOPA, servidores, voluntários, estagiários e colaboradores do ICMBio. No total, participaram cerca de 60 pessoas em cada comunidade (Acaratinga e Jaquarari).
A abertura do evento ocorreu na comunidade do Acaratinga onde os representantes das comunidades envolvidas falaram sobre a importância do encontro. O gestor da Flona do Tapajós, José Risonei, relembrou o significado do Dia Mundial do Meio Ambiente, divulgou a importância da Floresta Nacional do Tapajós e do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) Oeste do Pará.
O grupo fez uma caminhada na trilha do módulo na comunidade do Acaratinga. Durante a caminhada, Leandro Giacomin informou que o Programa PELD Oeste do Pará tem como objetivo o monitoramentoda biodiversidade em longo prazo para avaliar os efeitos de mudanças ambientais e climáticas na diversidade de espécies de plantas e animais. Ressaltou que o programa visa também usar o sistema do PPBio/RAPELD (Programa de Pesquisa em Biodiversidade) para a inclusão de comunidades no conhecimento da biodiversidade e promover a renda local através do Ecoturismo. Leandro esclareceu que os módulos são retangulares padronizados, modelo PPBio/RAPELD, que consiste em duas trilhas de 5 km ligadas por 1 km de trilhas em suas extremidades, totalizando 12 km de trilhas.
José Risonei falou da importância das pesquisas e também da possibilidade do desenvolvimento do turismo científico na comunidade. Os comunitários fizeram diversos questionamentos sobre o projeto de pesquisa e como seriam incluídos nas atividades.
No período da tarde, o evento foi realizado na comunidade do Jaguarari. O representante da comunidade, Edenil Albuquerque, fez a abertura do evento e as crianças fizeram uma apresentação com a dança do carimbo.
José Risonei falou sobre o histórico e o papel da Unidade de Conservação, tanto para a proteção do meio ambiente como para manter a qualidade de vida das populações locais. Além disso informou que a missão do ICMBio é proteger o patrimônio natural e promover o desenvolvimento socioambiental. Enfatizou que, para a missão ser cumprida, o ICMBio busca parceiros que possam contribuir com a gestão da UC. Informou que a Flona do Tapajós é uma das unidades mais pesquisada na Amazônia e que algumas dessas pesquisas são realizadas desde a década de 70. Informou ainda que vários grupos atuam na UC com o monitoramento em longo prazo, tais como a Embrapa, INPA, UFOPA, Rede Amazônia Sustentável e outros.
Leandro Giacomin falou novamente sobre o objetivo do Programa PELD oeste do Pará e disse que o grupo de pesquisadores poderá apoiar as comunidades com capacitações. Disse ainda que os comunitários são envolvidos nas atividades do grupo e que durante as expedições são capacitados pelos pesquisadores. Em seguida, Amanda Mortati informou que as pesquisas trazem resultados importantes sobre a biodiversidade. Informou que as comunidades poderiam indicar quais são as demandas e o grupo de pesquisa poderia verificar de que forma poderia apoiar o desenvolvimento das comunidades.
Os representantes das comunidades do Jaguarari e Acaratinga fizeram algumas considerações e falaram das dificuldades enfrentadas pelas comunidades. José Risonei informou que existem dois grandes projetos previstos para a Flona do Tapajós: o projeto Floresta Ativa que será desenvolvido pelo Projeto Saúde e Alegria (PSA) e o Tapajós Sustentável que será gerido pela Conservação Internacional. Em seguida, falou que o ICMBio celebrou um Termo de Reciprocidade com a EMATER para prestar assistência técnica ás comunidades. Mas lembrou que teve algumas dificuldades para formar as turmas que participariam das capacitações e ressaltou que as comunidades devem aproveitar as oportunidades.
Os comunitários fizeram questionamentos sobre os projetos previstos e perguntaram se os moradores seriam contratados. José Risonei informou que a administração dos projetos seria responsabilidades das organizações parceiras e que existem várias infraestruturas previstas para as comunidades como a instalação de micro abastecimentos de água, pousada comunitária e um viveiro para a produção de mudas. Além disso, os comunitários serão capacitados para atuarem nas atividades dos projetos.
Maria Jociléia, analista ambiental, informou que existem várias chamadas públicas que visam apoiar as iniciativas produtivas comunitárias e que as comunidades devem se preparar para enviar os projetos. Relembrou que algumas comunidades solicitaram o apoio da equipe do ICMBio para elaborar alguns projetos que foram aprovados. Risonei disse que o recurso dessas chamadas é a fundo perdido e que as comunidades não precisam devolver o dinheiro.Comunicação ICMBio(61) 2028-9280