Segundo um dos manifestantes, Karo Munduruku, hoje começa a nível nacional o ato em favor da ‘permanência já’. Em Santarém, a manifestação mobiliza não só estudantes, como também professores que são sensíveis à causa.
“Aqui a gente se organizou e conseguiu o apoio de professores para fazer essa mobilização. Existe um decreto que autoriza o MEC a conceder a bolsa permanência a estudantes universitário indígenas e quilombolas, que hoje é de R$ 900. Como na semana passada o governo anunciou o corte desse auxílio, o movimento nacional indígena e quilombola se mobilizou. Cada universidade conseguiu enviar um representante a Brasília para reunir com o ministro e negociar”, relatou.
Ainda de acordo com Karo Munduruku, já houve um recuo do governo federal que reabriu o cadastro de indígenas e quilombolas para 2018, mas isso não garante que em 2019, eles terão acesso a esse auxílio. “A Bolsa Permanência de R$ 900 é a oportunidade que muitos estudantes têm para custear seus estudos, sejam alunos que moram no estado do Pará ou então são de outros estados.
O movimento que conta com estudantes de 17 povos indígenas e diversas comunidades quilombolas de Santarém e região, também aproveita o ato para cobrar da administração superior da Ufopa, pautas como a entrada de indígenas pelo processo seletivo e progressão para pós graduação. “Nós vamos para o campus Tapajós, vamos fazer ritual, cantar e construir uma carta com as demandas para de mais de 17 povos e comunidades quilombolas que hoje têm estudantes na universidade”, disse Karo Munduruku.