Criado em 7 de Fevereiro de 2020 às 14:47
23/11/2018-G1 Santarém e Região-Positiva
7 de Fevereiro de 2020 às 14:47
g1.globo.com
Estudante santarena participa de conferência da ONU no Egito sobre biodiversidade
Luísa Falcão, 20 anos, é estudante de Direito, da Ufopa. Representantes de 196 países participam do evento.
Luísa Falcão, de 20 anos, estudante da Ufopa, participa da 14ª Conferência das Partes sobre a Convenção de Diversidade Biológica da Organização da Nações Unidas — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
Luísa Falcão, de 20 anos, estudante da Ufopa, participa da 14ª Conferência das Partes sobre a Convenção de Diversidade Biológica da Organização da Nações Unidas — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
Luísa Falcão, de 20 anos, estudante da Ufopa, participa da 14ª Conferência das Partes sobre a Convenção de Diversidade Biológica da Organização da Nações Unidas — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
Uma estudante de Santarém, no oeste do Pará, está na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, participando da 14ª Conferência das Partes sobre a Convenção de Diversidade Biológica, da Organização da Nações Unidas (COP-CBD da ONU), que ocorrerá até o dia 29 de novembro. Ela leva a voz de jovens que se preocupam e atuam em prol da preservação do meio ambiente.
O evento iniciou dia 17 deste mês e tem o objetivo de declarar os direitos e as obrigações dos países signatários, como o Brasil, com relação às políticas públicas voltadas à biodiversidade. Representantes de 196 países discutem a manutenção da biodiversidade e a cooperação científica e tecnológica, além de reconhecer os investimentos necessários para conservar a biodiversidade no planeta.
A santarena que participa do evento é a estudante de direito da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Luísa Falcão, de 20 anos, que pesquisa sobre direitos humanos e justiça socioambiental.
Ela faz parte da organização de jovens "Engajamundo", que atua em pautas diversas como gênero, biodiversidade, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável.
“Vim pra cá através de uma parceria com a Rede Global de Jovens pela Biodiversidade (em inglês, Global Youth Biodiversity Network - GYBN), que é a organização que representa oficialmente a juventude aqui nesse espaço, podendo inclusive fazer intervenções no texto oficial da Convenção”, explicou a jovem.
No discurso em nome da Rede Global de Jovens Pela Biodiversidade, Luísa Falcão destacou os fatores que causam efeitos negativos sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, como técnicas de mineração insustentáveis e os projetos de infraestrutura que são desenvolvidos sem Consentimento Livre, Prévio e Informado de áreas protegidas e terras indígenas, desmatando a floresta e quebrando corredores biológicos.
Além disso, ressaltou as possibilidades para que a preservação ocorra, com avaliações de impacto ambiental. “Agrupar os setores de energia e mineração, infraestrutura, fabricação e processamento não permite analisar os impactos, as lacunas e as melhores práticas nesses setores separadamente, embora eles tenham diferenças fundamentais”, frisou.
O discurso destacou o respeito aos povos indígenas e comunidades locais que são afetadas com alguns projetos que violam os direitos humanos, como da Amazônia. “Não podemos tolerar a apropriação de terras protegidas e terras indígenas por pessoas de fora. Não podemos testemunhar em silêncio toda a lavagem verde, lavagem de direitos e etnocídio que estão acontecendo”, disse.
Jovens intervém na Convenção de Diversidade Biológica para sustentabilidade do planeta — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
Jovens intervém na Convenção de Diversidade Biológica para sustentabilidade do planeta — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
Jovens intervém na Convenção de Diversidade Biológica para sustentabilidade do planeta — Foto: Luísa Falcão/Arquivo pessoal
A Conferência ocorre a cada dois anos como uma maneira de definir regras para assegurar o uso sustentável e a justa repartição dos benefícios provenientes do uso econômico dos recursos genéticos.
A Convenção da Biodiversidade Biológica, da qual trata o evento, é um acordo internacional no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) que possui três objetivos centrais: a) a conservação da diversidade biológica; b) a utilização sustentável de seus componentes e c) repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização de recursos genéticos.
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