Criado em 19 de Julho de 2019 às 16:02
22/4/2019- Andifes- Positivo
19 de Julho de 2019 às 16:02
O curso de Pedagogia da Ufopa promove nos dias 16 e 17 de maio de 2019, no auditório da Unidade Rondon, Campus Santarém, o I Simpósio de Educação Escolar Quilombola e de Educação para as Relações Étnico-raciais, que abordará o tema “Discutindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola e o Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica de Santarém”.
Aberto à comunidade acadêmica, o simpósio tem como público-alvo estudantes e professores dos cursos da Ufopa e de outras instituições de ensino superior de Santarém e da região Oeste do Pará, além de profissionais da educação.
Coordenado pelo professor Alan Augusto Moraes Ribeiro, do Instituto de Ciências da Educação (Iced), o evento pretende iniciar um debate sobre a educação escolar quilombola, modalidade que passou a ser regulamentada dentro do sistema de ensino escolar brasileiro a partir de 2012. Outro objetivo é discutir coletivamente metodologias de ensino que possibilitem aprendizagens diversas, tendo como ponto de partida os próprios relatos das populações negras e quilombolas.
A programação contará com quatro mesas-redondas:
As inscrições serão realizadas no local do evento. Haverá emissão de certificado de participação, com carga horária diferenciada: 8 horas, para participação de um dia; e 16 horas para os dois dias de evento.
Confira a programação completa aqui.
Histórico – Em 2003 foi criada a Lei nº 10.639, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica. A partir de 2012, essa modalidade de ensino passou a ser regulamentada no âmbito escolar brasileiro, tendo como base o parecer CNE/CEB 07/2010 e a Resolução CNE/CEB abril/2010, que instituíram esta modalidade nas Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica.
Na Lei nº 10.639, houve a introdução da temática “identidade quilombola” como parte dos conteúdos a serem abordados na educação básica. Criticando diretamente uma historiografia oficial que durante anos permitiu que se representasse a história das populações negras, suas culturas e práticas sociais como inferiores ou relegadas a um status epistemológico de segunda categoria, esta lei explicitou uma realidade gritante na sociedade brasileira: a presença e a participação política ativa de negros nas lutas contra o preconceito racial no espaço urbano e no mundo rural.
O processo de instituição da Lei nº 10.639 e das diretrizes foi resultado da ação dos movimentos sociais negro e quilombola, que empreenderam discussões históricas entre diferentes setores da sociedade civil durante os últimos 40 anos. Estas regulamentações estabelecem que o ensino ministrado nas escolas quilombolas e nas escolas da rede pública deve ser formado pela memória coletiva da comunidade, pelas especificidades linguísticas remanescentes, pelos marcos civilizatórios e práticas culturais, pelas tecnologias e formas de produção do trabalho, pelos acervos e repertórios orais, festejos, usos do espaço e tradições culturais, e pelos demais elementos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas e negras em todo o país.
Serviço: I Simpósio de Educação Escolar Quilombola e de Educação para as Relações Étnico-raciais
Comunicação/Ufopa, com informações da organização do evento
Link:http://www.andifes.org.br/ufopa-simposio-debatera-educacao-escolar-quilombola-em-santarem/