Ultima atualização em 10 de Julho de 2019 às 17:44
15/5/2019- O Estado Net- Neutra- UFOPA SENDO CITADA
10 de Julho de 2019 às 17:39
Estudantes, professores, entidades ligadas à educação e sociedade civil organizada aderiram ao movimento nacional e foram as ruas em Santarém protestar contra contingenciamento de 30% no repasse destinado a Universidades Federais e a programas de pesquisa. Esta foi a primeira grande manifestação contra o Governo Federal desde a posse do atual presidente Jair Bolsonaro. Novos protestos estão sendo agendados para o dia 14 de junho.
“As principais pautas são cortes na educação, principalmente em Santarém, onde eles afetam diretamente os alunos quilombolas e indígenas, que tiveram redução e vão receber bolsas de apenas R$ 100, o que consideramos um absurdo. Estudantes que vieram de outras cidades não vão poder se manter em Santarém com este valor”, ressaltou Heloise Rosa, uma das coordenadoras do vento.
Os manifestantes se concentraram na Praça da Matriz e percorreram as principais ruas do centro da cidade com faixas, cartazes e proferindo palavras de ordem. A passeata encerrou na Praça São Sebastião, onde diversos líderes estudantis discursaram defendendo a importância das Universidades para a produção científica.
Além das pautas voltadas à educação, os manifestantes também protestaram contra outros assuntos polêmicos que envolvem o Governo Federal. Eles são contrários à flexibilização do porte e posse de armas e a Reforma da Previdência.
“Foram pautas diversas reunidas na pluralidade. Contamos com a presença de integrantes do Movimento LGBT, Movimento de Mulheres, de pessoas com deficiência. Esse movimento tende a crescer contra esse governo fascista e racista, que tem visto nas armas e não na educação a saída para um Brasil melhor. A gente entende que nossa arma é a educação. Esta sim, pode mudar a realidade do país de do nossos povo”.
Para o professor Sandro Leão, os cortes e o posicionamento agressivo do Governo Federal contra as Universidades evidencia um ataque não só contra a educação, mas contra a sociedade em geral, na tentativa de enfraquecer um setor que é vital para a nação. “Além desse ataque, há todo um discurso do presidente e dos ministros de caráter ofensivo contra a educação. Orientações para gravar aulas e as mais variadas intimidações ao professor são coisas que nunca se viu no país. Essa reação nacional não é só da educação, deve ser da sociedade. Foi um grande ato”, conclui o educador.