Ultima atualização em 11 de Julho de 2019 às 16:58
30/5/2019- G1 Santarém- Positiva
11 de Julho de 2019 às 16:58
O barco-hospital Abaré, que ficou impedido de seguir viagem na região oeste do Pará no dia 21 de maio, teve as licenças junto à Capitania Fluvial de Santarém e está apto à navegação até 2024. De acordo com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a embarcação passará por vistorias anuais e continuará o atendimento às comunidades ribeirinhas.
Por apresentar pendências em documentos e serem detectados problemas estruturais, o Abaré adiou a viagem programada para a região do Arapiuns. A nova data da viagem ainda não foi divulgada.
Viagens do Abaré
Realizada em abril de 2019, a viagem mais recente da Unidade Básica de Saúde da Família Fluvial Abaré I contabilizou mais de seis mil procedimentos. Foram 3.375 pessoas atendidas em dez dias, moradores de 36 comunidades ribeirinhas da região do rio Tapajós.
Essa foi a segunda viagem do Abaré em 2019. Durante as visitas, a equipe de saúde, composta por médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, técnico em laboratório, odontólogo e técnico em saúde bucal, realiza consultas médicas e odontológicas, consultas de enfermagem, testes rápidos (HIV, sífilis, hepatite B e C), consultas de pré-natal, exames de preventivo do câncer de colo do útero (PCCU) e vacinação.
O Abaré é uma esperança para famílias que vivem em comunidades distantes dos centros urbanos e de difícil acesso por via terrestre. A embarcação percorre longas distâncias, por rios e afluentes, chegando a locais praticamente esquecidos da rede pública, permitindo assim que a população tenha acesso a serviços básicos de saúde.
O atendimento às populações ribeirinhas do Tapajós é realizado por meio de um termo de cooperação firmado entre a Ufopa e a Prefeitura de Santarém.
A Prefeitura recebe, mensalmente, recursos do Governo Federal para custear as ações de assistência à saúde das comunidades ribeirinhas, disponibilizando atendimento médico através de suas equipes multiprofissionais.
Já a Ufopa, gestora da embarcação desde 2017, é responsável pela guarda e manutenção da unidade fluvial e das duas lanchas que dão apoio às atividades de visitas domiciliares e de saúde, além de fornecer a tripulação obrigatória para as viagens, conforme o disposto pela Marinha.