Criado em 11 de Novembro de 2019 às 12:06
08/11/2019 - O Estado Net - Positivo
11 de Novembro de 2019 às 12:06
Pesquisa Fazenda Taperinha. Fotos: Talita Baena
Alunos do curso de Ciências Atmosférica, durante atividade de campo, montaram uma estação meteorológica que vai retomar as medições realizadas no início do século XX, pelo cientista naturalista Gottfried Ludwig Hagmann, que comprou a Fazenda Taperinha dos descendente do Barão de Santarém, em 1911. A atividade, coordenada pelo prof. Dr. Rafael Tapajós, do grupo de pesquisa Brama-Ufopa, ocorreu nos dias 31 e 1º de novembro, na Fazenda Taperinha, Santarém, região Oeste do Pará.
De acordo com a graduanda do curso de ciências atmosférica, Eliane Leite Reis de Sousa, que realiza pesquisa nos arquivos da família Hagmann, onde estão as fichas com as informações de precipitação pluvial, isto é, das chuvas na localidade e também da régua milimétrica do nível do Rio Aiaiá, afluente do Rio Tapajós, a retomada do monitoramento meteorológico é importante para novos estudos em climatologia, não só da região de Santarém, mas também para outras regiões do Brasil. “Pois no acervo constava informações meteorológicas do Estado do Rio de Janeiro, a primeira estação do país, localizada na residência do pioneiro da meteorologia, Sampaio Ferraz; da Região de Ondina no Estado da Bahia, do Estado do Ceará, do Estado de São Paulo e também dados da estação da Praia de Salinas, a primeira estação do Pará, montada em 1910.”, conta Eliane.
Projeto Agromet – O apoio para a instalação da estação didática para os estudantes da Ufopa veio do projeto coordenado pela profa. Dra. Lucieta Martorano, denominado “Base de Dados Agrometeorológico”, que visa favorecer a tomada de decisão e subsídio de crédito agrícola, financiado pelo Banco da Amazônia, Basa. “Nós revitalizamos a estação de Taperinha, com um perfil mais elevado em termos de altitude para monitorar vento e outras condições ambientais, pois aqui em Taperinha, essa estação que foi instalada em 1914 e funcionou com dados homogêneos até 1981, foi resgatado em outubro de 2017 e agora estamos aumentando o número de sensores, pois nesta região já teve plantio de cana-de-açucar e hoje, depois de 120, percebemos uma vegetação secundária, que evidencia a capacidade de resiliência, ou seja, essa capacidade de se recompor ao longo do tempo. É isso que temos que monitorar para dar os prognósticos de tempo e clima para os agricultores.