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6/10/2022 - Tapajós de Fato - Positiva

11 de Outubro de 2022 às 10:35

Projeto Muralismo: saberes amazônicos, arte, cultura e educação na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

A exposição busca mostrar as narrativas das histórias e das memórias dos saberes amazônicos e prestigiar os artistas da região.
0Fonte: Tapajós de Fato

Foto: Tapajós de Fato    Foto: Tapajós de Fato
O projeto Muralismo, com o tema Saberes Amazônicos: Arte, Cultura e Educação, surge juntamente com o processo de revitalização do Bosque Mekdece, localizado no Campus Tapajós, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), e é coordenado pela Diretoria de Cultura e Comunidade (DCC).

Nesta primeira fase do projeto, 15 artistas foram selecionados para expor suas artes a partir da vivência Amazônica. Anderson Pereira, antropólogo, artista plástico e um dos curadores do projeto, em entrevista ao Tapajós de Fato, comentou sobre o processo de curadoria.

 Foto: Tapajós de Fato

“Esse projeto do muralismo foi uma construção de um mês praticamente, a gente elaborou um edital que pudesse contemplar esses artistas, e no edital a gente lançou o tema amazônicos, arte, cultura e educação e a proposta era que a gente pudesse materializar a arte e esses saberes através dessas pinturas. Nós recebemos uma quantidade de cinquenta inscrições, infelizmente tivemos que fazer uma seleção, foi bem difícil fazer, todos os trabalhos foram com muita qualidade, todos muito dentro do contexto do que foi pedido”.

O artista comenta ainda sobre o objetivo do projeto,  “proporcionar uma difusão dos direitos humanos e culturais, através da arte e estimular uma educação em prol do respeito à diversidade cultural, crenças, saberes e manifestações artísticas dentro da Ufopa”. Os artistas selecionados tiveram todo o aparato da Universidade que em parceria com o Armazém da Construção, disponibilizou todos os materiais e infraestrutura necessários para a realização do projeto. 

Carlos Alves, um dos artistas selecionados para participar da exposição falou sobre a importância deste projeto no ambiente universitário e também sobre seu processo criativo para a escolha da arte que seria exposta. 

Foto: acervo pessoal; Carlos Alves e sua obra; “Alimento de Saberes”.

“A importância é que aproxima mais a universidade do mundo das artes plásticas, dos artistas santarenos, e dá espaço para a divulgação de muitos talentos locais. O processo criativo nasce na ancestralidade indígena, de uma Santarém antiga e seus símbolos marcantes como o muiraquitã e a cerâmica santarena, mas também é um apelo à preservação ambiental e a importância de seus povos tradicionais tão ameaçados em seus territórios.”

A abertura da primeira fase foi realizada na última segunda-feira, dia 03 de setembro, com um evento na entrada da Unidade Tapajós da Ufopa, mas a continuação do projeto já está sendo idealizada pela Pró-Reitoria de Cultura, Comunidade e Extensão (Procce). 

“A Arte é parte da educação, a produção da arte é parte da educação. Os nossos artistas metade são alunos, e metade não são, isso é parte da integração desses alunos dentro de um processo”, concui Alan Ribeiro, diretor de cultura da PROCEE.

“Esta reportagem foi produzida com apoio do programa Diversidade nas Redações, da Énois, um laboratório de jornalismo que trabalha para fortalecer a diversidade e inclusão no jornalismo brasileiro".

Link: https://www.tapajosdefato.com.br/noticia/951/projeto-muralismo-saberes-amazonicos-arte-cultura-e-educacao-na-universidade-federal-do-oeste-do-para-ufopa