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12/06/2023 -Gente de Opinião - Ufopa citada

19 de Junho de 2023 às 18:31

Ouro bom, peixe ruim e a Cachoeira Esperança
Por Coluna Sperança

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Ouro bom, peixe ruim e a Cachoeira Esperança - Gente de Opinião
Ouro bom, peixe ruim
Mateus supôs, não sem um bocado de razão, que o mal não é tanto aquilo que entra, mas o que sai da boca do homem. De fato, insultar e ofender os semelhantes são ações que desmoralizam os homens, pondo a perder toda a propaganda que os apresenta como cristãos, respeitáveis e dignos. No entanto, muito que entra pela boca do homem também traz o mal, até males, como as doenças causadas ou agravadas pela ingestão de saborosos peixes amazônicos afetados pela contaminação por mercúrio, por exemplo. É o que tem acontecido com peixes de seis estados da região, de acordo com análise plural feita por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Oeste do Pará, Greenpeace, Iepé, Instituto Socioambiental e WWF-Brasil.

Peixes de 80 espécies com índices de mercúrio superiores ao limite determinado pelas autoridades de saúde foram encontrados à venda em estabelecimentos comerciais de Roraima, onde o índice é maior, Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Amapá, por ordem de contaminação. A balbúrdia no setor financeiro, a guerra na Ucrânia e o declínio dos EUA ameaçam uma crise que tende a contaminar o mundo com suas consequências. Com isso, o ouro é sério candidato a ocupar o vazio deixado pela desmoralização do dólar. O descuido com a extração do precioso metal, porém, causa contaminação desastrosa para a saúde humana e a natureza.

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A predominância

Com 31 partidos legalmente constituídos perante o Tribunal Superior Eleitoral e 77 agremiações tentando se organizar, as legendas formadas contam com mais de 16 milhões de filiados, sendo o MDB a sigla com maior número de inscritos no País, seguido do PT e PSDB, partidos mais tradicionais. Em Rondônia o MDB segue como maior partido desde a eleição do primeiro governador pelo voto direto, em 1986 Jeronimo Santana (era domiciliado em Porto Velho). Voltaria ao poder em 1994 com Valdir Raupp (com base em Rolim de Moura) e anos depois com Confúcio Moura (Ariquemes) que foi reeleito.

Eleições 2024

Nas eleições municipais de 2024 vão estrear novos partidos que ganharam força desde que foram criados, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, casos do União Brasil que abriga o governador Marcos Rocha e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves. Igualmente com a força dos conservadores, o PL, onde Bolsonaro filiado é tido partido com força, a partir da liderança do senador Jaime Bagatolli (Vilhena), possível candidato a governador de Rondônia com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o poder nas mãos, os partidos conservadores são favoritos para a eleições municipais no ano que vem no estado.

Ponte binacional

Iludidos pelos políticos há mais de três décadas, os municípios de Guajará Mirim, no lado brasileiro, e Guayaramirim (no lado boliviano) seguem discutindo a construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré. Ocorre que a coisa ainda vai longe, pois nem recursos alocados no orçamento da União existem, diante de prioridades como a restauração da BR 364, que se transformou nos últimos anos num corredor da morte ceifando vidas desde seu asfaltamento em 1984. O então senador Valdir Raupp e a então deputada federal Marinha Raupp até deram o pontapé inicial da obra com recursos de emendas para os projetos. Mas de lá para cá nadica de nada.

Cachoeira Esperança

Nos períodos próximos a eleições municipais e estaduais também os políticos da fronteira exploram a possibilidade de um acordo binacional para a construção da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Esperança, com barragens a serem formadas próximas aos municípios. A população dos dois lados se enche de expectativas, mas logo depois dos pleitos todo mundo some com esta e outras propostas para o desenvolvimento da fronteira. A Pérola do Mamoré padece com a economia, a retração de turistas compristas e raramente sedia convenções, embora seja uma cidade turística.

Mesma estratégia

A mesma estratégia que os petistas usavam para desgastar presidentes adversários, os bolsonaristas agora utilizam contra o presidente Luís Inácio Lula da Silva. Já são pelo menos sete pedidos de impeachment contra o atual presidente, mas se os processos terão sequencia nas comissões técnicas da do Congresso Nacional ou não, serão outros quinhentos, pois tudo depende de negociações com os partidos e, sabe-se que pagando bem aos parlamentares, que perigo tem. O pagamento é feito através de recursos de emendas parlamentares, cota de indicações de compadres e Ministérios. E como se sabe, os políticos são na base do toma lá, dá cá.

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