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Criado em 24 de Abril de 2023 às 15:28

Movimento Kizomba promove evento na Ufopa para discutir ações afirmativas para as mulheres dentro das universidades

28/03/2023 - TAPAJÓS DE FATO - Positiva

24 de Abril de 2023 às 15:28

Movimento Kizomba promove evento na Ufopa para discutir ações afirmativas para as mulheres dentro das universidades

O Pré-eme é um evento dentro da agenda da Kizomba em preparação para o Encontro de Mulheres Estudantes da Une. O encontro foi um espaço de diálogo para a criação de propostas que atendessem as necessidades das alunas, que ainda não são ofertadas pela universidade.
27/03/2023 às 16h47Por: Adrielly PantojaFonte: Tapajós de FatoCompartilhe:Tapajós de Fato    Tapajós de Fato
Foi realizado na última sexta-feira (24), no auditório Wilson Fonseca, no campus Rondon da Universidade Federal do Oeste do Pará, o Pré-Eme, evento promovido pelo Movimento Kizomba, em parceria com Centros Acadêmicos (CA), coletivos e movimentos da Ufopa.

A programação vem sendo desenvolvida pelo movimento por todo o país como uma preparação para o 10° Encontro de Mulheres Estudantes da União Nacional dos Estudantes (Une) , que este ano tem como tema “Feministas em Movimento semeando um Brasil novo”. 

Em Santarém, o evento foi um espaço de debate sobre ações afirmativas para as mulheres dentro da universidade. A atividade tinha por objetivo formular propostas que atendessem as necessidades das alunas, que ainda não são ofertadas pela faculdade.

Foto: Kizomba/Divulgação 

 

A discussão reuniu representações estudantis e alunas, além da presença da própria reitora da universidade, Aldenize Xavier e da Diretora de Políticas Estudantis e Ações Afirmativas, Terezinha do Socorro Lira. 

Cada pessoa presente pôde contribuir com sua proposta para a formulação de um documento que será encaminhado para a reitoria da Ufopa e também para o EME, que será no próximo mês.

“O evento foi muito importante e super relevante para nós mulheres universitárias, pois nos deu a oportunidade de compartilhar/denunciar as diversas experiências, que eu como mulher preta e mãe vivencio diariamente na universidade. Foi de extrema importância também a presença da nossa reitora Aldeniza Xavier e da professora Terezinha, nos fazendo sentir mais próximos ainda de quem executa nossas demandas. Acima de tudo que conversamos, me senti muito acolhida e segura em ver tantas lideranças femininas e que nos dão força e voz nesses espaços”, destaca  Laís Natalie do Amaral Cunha, acadêmica do curso de bacharelado em Ciências Biológicas e membra do Coletivo Negro, Alessandra Caripuna da Ufopa. 

O evento teve também a participação da 1° Vice-presidente da Une, Carol Larceda, que compartilhou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Une e também a respeito do movimento feminista dentro das universidades e como é importante que espaços de diálogo como esses sejam cada vez mais presentes. 

Foto: Tapajós de Fato 

“O Encontro de Mulheres Estudantes, na Ufopa, é extremamente relevante, tendo em vista que a Universidade tem se apresentado como um lugar de múltiplas violências para nós mulheres, desde as mais diretas até outras que, de tão naturalizadas, se confundem com a própria instituição. Não basta que universidade comemore o 8 de março por exemplo, a instituição precisa se mobilizar para além da mera criação de protocolos, incluindo uma perspectiva de gênero e propiciando encontros para reflexão e conhecimento sobre a temática da violência contra as mulheres”, comenta Lorena Bastos, do curso de Direito e representante do Najup.

 

A universidade precisa ser um espaço seguro para as mulheres, nesse sentido é preciso ações efetivas que garantam o acesso e a permanência delas nesse ambiente. Muitas dessas mulheres possuem jornadas duplas ou triplas, às vezes mães ou baixa renda, enfrentam várias dificuldades para se manterem no curso, então esse encontro vem questionar como a faculdade poderia ajudar as mulheres.

“A discussão que o encontro trouxe se faz necessária para que própria instituição reveja a forma com que as questões de gênero estão sendo discutidas e efetivadas na Universidade e quais soluções ainda podem ser tomadas para garantir a permanência e uma progressão acadêmica adequada para as discentes que carregam suas especificidades e vivências de serem mulheres, indígenas, pretas, quilombolas, brancas e LBTQIAPN+”, pontua Lorena Bastos.

 

Nesse sentido o Pré - EME de Santarém, trouxe discussões sobre as vivências, perspectivas e discussões das mulheres amazônidas e como se pode construir junto com a Ufopa uma universidade melhor estruturalmente para as mulheres estudantes.

 

Foto: Kizomba/Divulgação 

O Movimento Kizomba é organizado nacionalmente desde 1999, e reivindica a construção de uma nova cultura política para o movimento estudantil brasileiro com pautas que sejam anti-burocratas, democráticas, combativas, feministas, anti racistas e anti-LGBTfóbicas.

 

Link:https://www.tapajosdefato.com.br/noticia/1093/movimento-kizomba-promove-evento-na-ufopa-para-discutir-acoes-afirmativas-para-as-mulheres-dentro-das-universidades