Ultima atualização em 28 de Abril de 2023 às 16:44
28 de Abril de 2023 às 16:44
O Instituto de Ciências da Sociedade vem a público e, diante da comunidade acadêmica, dos povos indígenas, quilombolas, camponeses e povos amazônicos em luta pelos territórios, se sensibiliza com as pautas de lutas destes em um momento de retomada do debate democrático do país diante das agendas ambientais e dos direitos humanos e fundamentais esquecidos e ignorados pelo governo que passou. Neste sentido, oportuno é o momento de repúdio à agenda política do agronegócio e dos setores ligados a um desenvolvimento que exclui e nega os povos dessa região, representados pelo modelo da exploração ilegal madeireiros, dos garimpos e das frentes que representam os interesses econômicos reacionários e mascarados sob o discurso da preocupação com a “sustentabilidade ambiental”, a regularização fundiária que não visa a reforma agrária camponesa, mas a legalização dos garimpos predatórios e poluentes do mercúrio pelos leitos do rio Tapajos e suas florestas.
O evento agendado para ocorrer nos dias 27 e 28 de abril, foi anunciado na imprensa local e pela Ufopa, contando com participação de 26 municípios sob – “Encontro da Frente Parlamentar de Vereadores do Pará e Mato Grosso”. Entre os objetivos os vereadores assinarão a “Carta de Santarém”, com o compromisso de luta pelos avanços nas temáticas elencadas para o debate: Regularização Fundiária; Flona Jamanxim; Produção com Sustentabilidade; Ferrogrão; Regularização dos Garimpos; Rodovia BR163/Transamazônica; Energia Elétrica; Vulnerabilidade Social; Tecnologia de Comunicação, Informação/Educação, conforme imprensa.
A Universidade Pública é o espaço que tem se constituído para construção de outros modelos econômicos e sustentáveis voltados para a pesquisa científica em prol das comunidades tradicionais da Região Oeste, como viés ao modelo vigente. A universidade tem sido palco de duras críticas e ataques ao conhecimento científico e aos defensores
dos direitos e saberes dos povos tradicionais da Amazônia. Neste sentido reforçamos que a agenda da Frente Parlamentar está em desacordo com os projetos de universidade que defendemos para os povos amazônicos.
Instituto de Ciências da Sociedade-ICS