Ultima atualização em 12 de Maio de 2023 às 14:29
Iniciativa é parte do projeto “Convergência para soluções inovadoras de energia: capacitando comunidades fora da rede com tecnologias de energia sustentável”, que reúne Michigan State University, Ufopa e UnB
Uma equipe do Laboratório de Energias Renováveis do Instituto de Engenharia e Geociências da Universidade Federal do Oeste do Pará (Laber/IEG/Ufopa) vem trabalhando há um ano e meio com comunidades da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em Santarém (PA). O objetivo é levar energia limpa e firme para essas localidades, definidas como “sistemas isolados”, pois não podem ser conectadas à rede elétrica existente.
As alternativas de geração de energia ofertadas utilizam duas fontes: a água e o sol. No primeiro caso, a energia é gerada por meio de uma turbina hidrocinética. Trata-se de um protótipo desenvolvido inicialmente por uma equipe da Universidade de Brasília (UnB) e adaptado às condições das correntezas da região, com a adição de uma estrutura flutuante.
Todo o conjunto foi construído por uma empresa de Santarém, a Indalma, que tem ampla experiência na construção de pequenas turbinas. A primeira de três turbinas será instalada entre os dias 17 e 21 de maio na comunidade de Cachoeirinha do Mentae, aproveitando a pequena corredeira que dá nome ao local. Ela não exige barramento de água, usando apenas a correnteza do rio para gerar energia, continuamente, podendo ser uma opção para compor um sistema isolado, acrescida de fontes intermitentes.
No segundo caso, utiliza-se a tecnologia solar fotovoltaica, tanto por meio da instalação de Microssistemas Isolados de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDIs) , quanto de Sistemas Individuais de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente (SIGFIs).
Ao todo, o projeto já instalou dois MIGDIs, um para atendimento da totalidade das casas, na comunidade de Porto Rico, e outro para atendimento de demandas comuns (barracões comunitários, escola e igreja), na comunidade de Cachoeirinha do Mentae. Além disso, em Porto Rico, foi instalado um sistema solar automatizado, dedicado ao poço de água (para mover a bomba e encher a caixa d’água). Outros dois atendimentos semelhantes (sistemas dedicados para bombas de água) estão agendados para junho nas comunidades de Vista Alegre do Maró e Prainha do Maró.
Coordenado pelo antropólogo Emílio Moran, que estuda a região amazônica há mais de 40 anos e é professor da MSU, o projeto “Convergência para soluções inovadoras de energia” é financiado pela Mott Foundation e pela National Science Foundation (NSF), e visa produzir soluções para comunidades que não têm acesso a energia firme e sustentável.
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Mais informações: (11) 99292-3582 (Karina Ninni)
(93) 9112-4084 (professor Roberval Santos - Ufopa)