Ultima atualização em 7 de Novembro de 2023 às 18:17
Foram feitos ajustes que tornarão o monitoramento das variáveis climáticas contínuo durante esse final de ano, que deve se caracterizar com o El Nino de grandes proporções.
Na Fazenda Taperinha, no último dia 6 e 7 e outubro, a estação meteorológica do curso de Ciências Atmosféricas do IEG/Ufopa, recebeu manutenção dos professores Raphael Tapajós e Wilderclay Machado e também do discente do curso Efraim Luz. Foi verificado o estado da estação, troca de alguns sensores e ajustes que farão com que o monitoramento das variáveis climáticas seja contínuo durante esse final de ano, que deve se caracterizar com o El Nino de grandes proporções.
A Fazenda Taperinha teve a estação meteorológica mais antiga do Oeste do Pará, iniciando seu funcionamento em 1914 pela Família Hagmann, e além de carregar uma grande história sobre Santarém, também tem registros preciosos do clima até 1989 quando a estação convencional foi totalmente desativada. Em 2019, o curso de Ciências Atmosféricas da Ufopa, em uma aula de prática de campo, instalou uma estação automática que retomou as medidas.
Metano na várzea - A partir deste ano de 2023, a área de várzea localizada na Fazenda Taperinha também está sendo objeto de estudo. Medidas de fluxo de metano na floresta de várzea, ali localizada, lideradas pelo Professor Miércio Alves (ICTA), com ajuda da discente Daira Lima (ICTA), compõem uma linha de pesquisa conduzida por uma abordagem em rede, envolvendo docentes e discentes da UFOPA. Essas atividades ganham uma dimensão ainda mais relevante com a participação ativa de alguns discentes da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)."
O projeto de pesquisa tem a colaboração de professores do IEG, ICTA, PGRNA e de pesquisadores de renomada universidade do Arizona, nos Estados Unidos, representa um exemplo notável de cooperação internacional em busca de uma compreensão mais profunda dos complexos mecanismos relacionados aos processos das emissões de metano, importante gás de efeito estufa, a nível regional e global.
Para o professor Raphael Tapajós (IEG), essa parceria em rede permite não apenas a troca de conhecimento e experiência entre as instituições, mas também a formação de recursos humanos voltados para o campo da pesquisa, que terão a oportunidade de contribuir ativamente para esse importante levantamento.
“Compreender como os processos de inundações dessa área de várzea contribuem para o ciclo do metano, não só enriquecerá nossa compreensão dos mecanismos biogeoquímicos locais, mas também proporcionará um entendimento sólido, visando propor estratégias no campo da gestão ambiental e a mitigação das mudanças climáticas em escala global. Essa colaboração demonstra como a pesquisa em rede é fundamental para enfrentar desafios ambientais complexos”, explica o professor Miércio.
Equipe de Ufopa com o proprietário Rui Ragman (camisa azul, à direita), nas escadarias da sede principal da Fazenda Taperinha
O monitoramento do ar por meio da estação meteorológica foi retomado em 2019
Texto: José Ibanês, com informações de Raphael Tapajós e Miércio Alves
Fotos: Divulgação dos Cursos de Ciências Atmosféricas/IEG e Ciências Biológicas (ICTA)