Ultima atualização em 25 de Novembro de 2020 às 21:16
Claudinete Colé, recebeu o inédito e importantíssimo prêmio: "Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2020" promovida pela Embaixada e Consulados dos EUA.
Nesta terça-feira (24/11), foram anunciadas 8 mulheres vencedoras do Prêmio Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença 2020, pela Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil. Dentre elas temos Claudinete Colé de Souza. Essa premiação visa reconhecer mulheres brasileiras com um papel importante em seu ambiente, promovendo iniciativas econômicas, ambientais, engajamento cívico, inclusão e os direitos de migrantes e refugiados, políticas tanto de minorías religiosas quanto étnicas, comunidades indígenas, mulheres com deficiência e entre outros grupos historicamente marginalizados. Claudinete alcançou essa conquista graças ao seu trabalho como coordenadora executiva da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO), se esforçando incansavelmente para sempre obter todas as melhorias possíveis para as comunidades quilombolas. A ARQMO representa as comunidades quilombolas de Oriximiná e tem como e surgiu com o intuito de lutar pela defesa e a titulação das terras de quilombo, promover e apoiar iniciativas visando à melhoria da qualidade de vida das comunidades, além de, defender e promover a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentado.
Figura 1: Claudinete sendo parabenizada pela Embaixada EUA Brasil/Us Embassy Brazil.
Fonte: Site oficial Embaixada e Consulados dos EUA Brasil.(24/11/2020)
É de imenso orgulho para nossa instituição Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), e um prestígio maior para o nosso campus, onde Claudinete é discente de Sistemas de Informação, e para o nosso município por ter uma mulher com tanta garra, coragem e representatividade recebendo esse prêmio de grande relevância, que servirá de inspiração a muitas outras mulheres, negras, quilombolas e nortistas. Sendo de um ciclo tão bem reconhecido e composto por mulheres com intuitos similares, como cita a própria Claudinete em seu áudio de agradecimento: “Um dos principais motivos pelo qual eu quis mostrar pro mundo que aqui em Oriximiná, no cantinho da Amazônia, existem remanescentes de quilombo que trabalham na coletividade e unidos, foi uma forma de eu como coordenadora, conseguir junto com meus colegas de associação e colegas de trabalho fazer um levantamento socioeconômico das comunidades, onde tivemos a oportunidade de ir de casa em casa nas comunidades quilombolas para entender e descrever quais eram as principais necessidades das nossas famílias e o resultado desse trabalho foi compartilhado com o mundo. Então, acredito que essa premiação veio disso, por que a gente no meio que a gente tá aqui, no meio da floresta sem muitos recursos, nós conseguimos algumas ferramentas de gerenciamento e de gestão que estão nos ajudando a trabalhar as nossas demandas dentro de nossas comunidades quilombolas, então estou muito feliz, é um trabalho que não é só meu, e de toda ARQMO, e dedico à todas as comunidades quilombolas”.
Claudinete foi responsável por projetos sociais implementados nas comunidades quilombolas, ligados à educação, saneamento básico, segurança, meio ambiente e fortalecimento da agricultura familiar. Além de proporcionar uma melhor comunicação entre as comunidades e o governo, mostrando suas necessidades.
Para saber mais sobre a ARQMO ou ler a matéria completa sobre a premiação:
https://cpisp.org.br/quilombolas-em-oriximina/quem-sao-como-vivem/arqmo/
Redatores:
Carlos Sávio Sarubi de Souza, discente do curso de Sistemas de Informação.
Luciana Cristina Lopes de Sousa, discente do curso de Sistemas de Informação.