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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 8 de Abril de 2025 às 14:08

Aula inaugural marca início das atividades acadêmicas do curso de Medicina da Ufopa


Curso deverá contribuir para a formação de recursos humanos qualificados na área da saúde para a região Oeste do Pará.

Momento histórico para a saúde pública da região, a aula inaugural de abertura do curso de Medicina da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foi realizada na última sexta-feira, 4 de abril de 2025, com a presença dos calouros da primeira turma, além de professores e servidores da instituição e autoridades locais. Realizado no auditório da Unidade Tapajós, em Santarém (PA), o evento marcou oficialmente o início das atividades acadêmicas do novo curso, que ofertou 40 vagas para ingresso em 2025.

 

Aula inaugural do curso de Medicina da Ufopa.

 

A solenidade contou com dois conferencistas convidados: os médicos Salomão Georges Kahwage Neto, docente do curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e membro titular da Academia Paraense de Medicina, que falou sobre a história da medicina, abordando desde a pré-história até as inovações do século XXI; e Plínio José Cavalcante Monteiro, professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que abordou o tema “Interiorização do Ensino Médico: em busca de uma identidade amazônica”.

“É um misto de alegria e honra poder ministrar a aula magna do curso de Medicina da Ufopa, que escreve agora mais um capítulo importante no processo de crescimento da formação de novos cursos na região amazônica, da interiorização do ensino médico”, afirmou o conferencista Plínio Monteiro, que também participou da mesa de abertura como representante da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento de Escolas Médicas (Camem) do Ministério da Educação (MEC). “A importância da interiorização do ensino médico reside no fato de que levaremos a formação de médicos para cidades mais distantes, fora dos grandes eixos das capitais, permitindo que a saúde também melhore nessas cidades e estados que, muitas vezes, têm escassez de recursos humanos e financeiros”.

 

Professor e médico Plínio Monteiro. Foto: Waldiney Pires Moraes.

 

A mesa de abertura contou a presença de várias autoridades, como os deputados federais Airton Faleiro e Henderson Pinto; a deputada estadual Maria do Carmo; o Secretário Regional de Governo, Nélio Aguiar; do vice-prefeito de Santarém, Carlos Martins; e a vereadora Alba Leal, representando a Câmara Municipal de Santarém. Também compuseram a mesa a reitora Aldenize Xavier, a vice-reitora Solange Ximenes, o diretor do Instituto de Saúde Coletiva (Isco) Waldiney Pires Moraes e o coordenador do curso de Medicina, Rodrigo Alexandre da Cunha Rodrigues.

“Hoje é um dia histórico para a nossa universidade. Iniciamos o curso de Medicina, um curso extremamente importante para a nossa região, pois vamos poder contribuir com o atendimento nas unidades básicas de saúde e do Abaré e, também, desenvolver várias pesquisas sobre a saúde da população, tanto de Santarém quanto da região Oeste do Pará”, afirma a reitora Aldenize Xavier. “Uma conquista da nossa região e da nossa universidade e ficamos muito felizes em receber esses novos alunos que hoje iniciam esse dia histórico para a Amazônia, no que diz respeito à saúde na nossa região”.

 

Professor e médico Salomão Kahwage Neto.

 

Expectativas - “Estar nessa aula inaugural ouvindo médicos especialistas, como o professor Salomão Kahwage, está sendo muito proveitoso e eu só quero começar a estudar logo porque estou muito ansiosa. A expectativa está alta demais e tenho certeza que a Ufopa é o início de um projeto de vida para mim e para muitos”, afirma a caloura Nívea Francine Fima dos Santos, de 22 anos. Natural de Santarém, Nívea dos Santos revela que vinha tentando passar em Medicina desde 2020. “É uma grande realização, pra mim e para a minha família, porque foi muita luta, muito estudo”.

Também para o calouro João Vitor de Siqueira Costa, de 24 anos, é imensa a expectativa de fazer parte da primeira turma de Medicina da Ufopa. “A gente está entrando em uma universidade federal de renome, não só no Oeste do Pará, mas no Pará inteiro e até no Brasil. Fazer parte de um curso que é extremamente relevante para a sociedade, que impacta a sociedade, é um sonho que está se concretizando, começando hoje com a aula inaugural que foi algo incrível. Creio que as expectativas dos colegas são as mesmas, de lidar com um curso que é muito abrangente e impactante”.

Curso – Vinculado ao Instituto de Saúde Coletiva (Isco), o curso de Bacharelado em Medicina da Ufopa fundamenta-se em três áreas de competências: atenção à saúde, gestão em saúde e educação em saúde. “A saúde coletiva talvez seja o nosso grande diferencial, já que o curso está inserido no Instituto de Saúde Coletiva. Então, nada mais justo do que priorizar e valorizar a saúde coletiva na formação do médico”, afirma o coordenador do curso, Rodrigo Alexandre da Cunha Rodrigues.

Segundo o professor, o curso de Medicina da Ufopa está baseado em metodologias ativas, ou seja, diferente do método tradicional, é centrado no aluno, que é protagonista no seu próprio processo de ensino e aprendizagem. “O professor passa a ter mais o papel de orientador e o aluno vai percorrer os cinco módulos ou componentes curriculares do curso”, explica.

O primeiro módulo, de ensino-aprendizagem, está baseado em problemas elaborados estrategicamente pelo corpo docente. Outro importante módulo é o de habilidades médicas, onde os alunos vão adquirindo competências crescentes para a realização de procedimentos médicos, incluindo as habilidades de comunicação que são muito importantes para os profissionais da área. Depois vem as bases morfofuncionais, que vão dar suporte de conhecimento em áreas básicas, como histologia, anatomia, fisiologia, entre outras.

E por fim, as práticas de integração ensino-serviço e comunidade, que são a inserção do aluno, desde o início do curso, nas unidades básicas de saúde, que são os cenários de práticas principais. “Além dos cenários de ambiente controlado, que são os laboratórios, o cenário de prática na realidade, que são as unidades básicas de saúde, serão fundamentais desde o início do curso”, afirma o professor. “Estamos estudando como o barco Abaré irá compor esse cenário de prática para os alunos e, futuramente, pensamos em contar com um hospital universitário também para compor esse cenário”.

Texto e fotos: Maria Lúcia Morais, Ascom/Ufopa

07/04/2025

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Calouros da primeira turma de Medicina da Ufopa.

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