Ultima atualização em 28 de Agosto de 2020 às 10:04
No período de 28 de agosto a 11 de setembro serão realizadas as últimas atividades do ciclo de debates Vulnerabilidade Histórica e Futuro das Comunidades Quilombolas do Pará Pós-Pandemia, que vêm ocorrendo desde julho pelo YouTube.
Realizada pelo Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Sociedades Amazônicas, Cultura e Ambiente e pela Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos – Malungu, a programação tem abordado vários aspectos da resistência e das condições de reexistência da população quilombola no Pará.
Programação com as três últimas atividades:
28 de agosto – 17h
Tema: Infância, juventude, envelhecimento e conflitos geracionais na pandemia
Contexto: Como as diferentes gerações vivenciam a pandemia de Covid-19 nas comunidades quilombolas do Pará? Sem dúvida, crianças, jovens, adultos e idosos reagem de maneiras distintas às privações e aos sofrimentos impostos pela pandemia; mas o que ocorre quando as diferenças alimentam conflitos geracionais na família e na comunidade?
Participantes:
Josué Cardoso – quilombola de Moju Miri, estudante de Direito na UFPA;
Micele do Espírito Santo da Silva – mulher negra e quilombola, filha da comunidade de Igarapé Preto, militante quilombola e estudante de História na UFPA;
Miriane Coelho – quilombola de Nova Vista do Ituqui, Santarém. Membro da Diretoria Executiva da Federação das Organizações Quilombolas de Santarém – FOQS, assessora do Projeto Omulu – Terra de Quilombo – Cuidando de Vidas Ancestrais, da Coordenação das Mulheres Quilombolas na Raça e na Cor.
Samilly Valadares – quilombola da comunidade Oxalá de Jacunday, Território Quilombola de Jambuaçu, Moju. É psicóloga, educadora social e ARTivista; coordenadora do Projeto Perpetuar – Identidades, ancestralidades e territorialidades quilombolas; embaixadora da Juventude ONU/UNODC e membro da Comissão de Relações Raciais do Conselho Regional de Psicologia PA/AP.
4 de setembro – 17h
Tema: Reflexos socioeconômicos da pandemia nas comunidades quilombolas
Contexto: A pandemia afetou negativamente o trabalho e a renda da maior parte da população brasileira, mas seus efeitos mais graves são sentidos nas comunidades menos assistidas por políticas sociais e que exercem trabalhos informais. Vivendo do extrativismo, da agricultura e da pesca, como ficam as famílias quilombolas neste contexto, com acesso limitado aos mercados em que escoavam seus produtos?
Participantes:
Erica Monteiro – mulher negra, quilombola da comunidade de Itancoã-Miri, município de Acará, graduada em Contabilidade pela UFPA e coordenadora da Malungu;
José Carlos Galiza – membro do Comitê de enfrentamento da Covid-19 no Pará e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – Conaq;
Jucimara Oliveira de Jesus – mulher preta, pescadora e agricultora. Vice-presidenta da Federação das Organizações Quilombolas de Santarém – FOQS e presidenta da Associação Comunitária Remanescente de Quilombo de Saracura – ACREQSARA. Tem licenciatura em Pedagogia.
Rogério de Oliveira Pereira – presidente da Cooperativa Mista dos Povos e Comunidades Tradicionais da Calha Norte – COOPAFLORA, que representa quilombolas, indígenas e assentados dos municípios de Alenquer e Oriximiná, no Pará, e Nhamundá, no Amazonas. Também é membro do Conselho diretor da Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Município de Oriximiná.
11 de setembro – 17h
Tema: Demandas, lutas e projeções de futuro
Contexto: O último debate do ciclo será dedicado à avaliação geral das questões levantadas ao longo do evento, à reflexão sobre as expectativas e metas das comunidades quilombolas para o futuro e à proposição de ações conjuntas e formas de cooperação para enfrentar os desafios em curso e que estão por vir.
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Comunicação/Ufopa
26/08/2020