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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 16 de Março de 2020 às 19:45

Com opção vegetariana, RU inicia funcionamento e agrada a comunidade acadêmica


“Eu sempre imaginava que eu iria sair daqui e esse restaurante não estaria inaugurado. Mas tivemos a sorte de ainda estar aqui e é um espaço muito bom. É friozinho, os banheiros são ótimos, tem espelho para tirar fotos”. A fala é da estudante Elidiane Castro, do 5º semestre da licenciatura em Biologia, e ela completa: “Antes, eu comia nos arredores da universidade, agora sabemos que uma comida boa está sendo preparada aqui, com todo o cuidado, balanceada, e isso sem falar do preço a R$ 3. Estou muito feliz e satisfeita”, conclui. Elidiane resume o pensamento da maioria dos universitários. Ela e o grupo de amigos da turma, que estavam almoçando no segundo dia de funcionamento do RU, na terça-feira, 19 de março, já estão combinando de se reunir diariamente para o almoço no restaurante da universidade.

Opção vegetariana – Jéssica Lima Pereira, do 5º semestre da licenciatura em Biologia, está adotando novos hábitos alimentares por causa de uma gastrite; ela decidiu experimentar, pela primeira vez, a opção vegetariana oferecida pelo RU: “Além de ser saudável, faz bem para nossa saúde. Não que eu seja vegana, apenas resolvi experimentar e gostei muito”. Ela disse que está pensando seriamente em adotar este novo estilo de alimentação, influenciada pela oferta do RU: “Eu gostei muito, quem sabe a partir de agora eu venha para o RU comer apenas pratos veganos”.

Com previsão de servir mil refeições por dia, a alimentação do RU está sendo preparada pela empresa CRS Alimentos Administração de Refeitórios. Ricardo Lincoln é um dos representantes da Empresa que venceu a licitação: “Sou responsável pelas compras, por toda a parte financeira. Vou ficar por aqui até o dia 15 de abril para acompanhar de perto e controlar o trabalho. De acordo com o que está previsto no edital, vamos servir um tipo de proteína por dia, e por ser a parte mais cara do prato, ela é controlada; o arroz e feijão e os outros acompanhamentos podem ser servidos à vontade”.

Jefferson Cavalcante, do 5º semestre do curso de Farmácia, é enfático ao avaliar a comida: “Nota dez para a comida e para o espaço”. Ele aproveita para fazer um alerta: “Agora, nós alunos precisamos ter consciência e evitar o desperdício. Colocar na bandeja apenas a quantidade que vamos consumir”.

Mesmo econômico nas palavras, Bruno Viana Costa, do 7º semestre do curso de Farmácia, recomenda: “A comida é boa, bastante diversa; recomendo aos alunos que venham”. Mas para frequentar o RU é preciso efetuar um cadastro, cujo processo está aberto até o próximo dia 20 de março.

 

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Universitários fazem fila para comprar créditos. Foto: Lenne Santos, 11/3/2020.

 

Quem explica como funciona o sistema é Joelma Picanço, atualmente responsável pela liberação da catraca e contagem do pessoal. “O sistema foi desenvolvido de forma simples”, afirma. “Os estudantes fazem o cadastro; a partir daí é gerado um código (QR Code). Com esse código, o estudante pode efetuar a compra dos créditos. Ele apresenta o código direto aqui na catraca, esse código e checado e eu libero uma refeição por dia para cada código”. Cada estudante poderá comprar até dez refeições por dia.

 

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Alunos do 5º semestre da Licenciatura em Biologia
reunidos para o almoço no RU. Foto: Lenne Santos, 12/3/2020.

 

E, por falar em comprar refeições, Amanda Caroline Esquerdo da Silva, do 7º semestre do curso de Farmácia, compartilha uma lembrança: “Antes, a gente tinha que ir comprar almoço caro, fora da universidade, e agora com o RU temos acesso à comida de qualidade, pagando pouco, e isso é muito bom”.

Segurança alimentar e comida balanceadaCada bandejão oferece de 800 a 1.100 calorias, "o que é adequado à rotina dos estudantes”. Quem garante é o nutricionista da Ufopa e também fiscal do contrato, Daniel Santos de Castro: “O mais importante é trazer para o aluno a perspectiva dessa alimentação saudável, num lugar confortável e com preço acessível”. Ele diz ainda que a equipe está estudando maneiras para a qualidade do cardápio: “Estamos trabalhando na definição de um fluxo para definir o cardápio. A ideia é que a empresa envie, com pelo menos um mês de antecedência, as opções a serem oferecidas, para que possamos avaliar e com tempo hábil efetuar eventuais adequações, de forma a evitar transtornos à rotina do restaurante”.

O servidor John Lucas Pontes Lima (Progep), que já foi aluno da Ufopa, também comemora: “Eu fui aluno, a partir do ano de 2011, e não tive a oportunidade de usufruir do RU. Agora como servidor irei frequentar mais vezes, e a comida está aprovada. O preço é acessível, uma boa opção para a comunidade acadêmica da Ufopa”.

Além de experimentar a refeição, o professor Ruy Harayama (Isco) aproveitou para relembrar os “bons” tempos de universitário em que frequentava o RU da universidade em que estudava, e destacou a questão da segurança alimentar: “O tipo de alimentação que é servida aqui: comida sólida, saudável, preparada no dia vai fazer uma grande diferença na vida e na saúde dos nossos alunos. A gente tem um quadro grave, entre nossos alunos, de uma prática inadequada de alimentação. Este espaço pode ser um grande gerador de promoção à saúde e segurança alimentar”, avaliou.

O professor Gustavo da Silva Claudiano, do curso de Zootecnia do Ibef, destaca as inúmeras vantagens para os alunos, entre elas a integração: “Isso aproxima alunos, técnicos e professores; de uma maneira geral faz com que os alunos conheçam diferentes áreas, sobretudo de outros institutos, com que, muitas vezes, eles acabam não tendo muito contato; isso é extremamente importante”.

Economia de energia – O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Proplan), Rogério Cruz, afirma que o RU foi construindo sob uma plataforma que visa a eficiência: “A eficiência, no contexto geral, e um desses aspectos é a eficiência energética”. E garante: “Os aparelhos de ar condicionado já tem preparação para receber a energia gerada por placas solares”. Com isso, diz que a economia de energia, a partir da instalação, será de pelo menos de R$ 218 mil. “As placas já estão compradas, estamos esperando chegar. Já estamos também com o recurso para a instalação”.

Consciência ambiental também faz parte. É o que garante Lorena Sampaio da Silva, do 3º semestre do curso de Agronomia. Desde 2018 ela adota o uso de garrafa de água, que fez questão de trazer para sua refeição no RU: “Além de poder beber água a qualquer momento, estou evitando jogar copo plástico no meio ambiente, que demora 200 anos para se decompor; espero que os alunos também adotem essa prática”.

 

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Campanha para o fim do uso dos copos descartáveis no RU.
Foto: Lenne Santos, 11/3/2020.

 

Kelton Pereira da Silva, do 5º semestre do curso de Farmácia, destacou a necessidade das lixeiras específicas: “Importante também que as pessoas tenham o cuidado na hora de descartar os restos de comida e usem as lixeiras separadas para cada um dos materiais e não misturem orgânicos com descartáveis”.

O RU também está trazendo tranquilidade para quem está entrando na universidade, um serviço fundamental para o calouro de Geologia Eduardo Afonso Silva, que está esperançoso: “Saber que nós vamos ter esse amparo de uma refeição a 3 reais, sabendo que fora da universidade é bem mais caro, isso dá uma tranquilidade. Estou bastante feliz com a aprovação na Ufopa e com o RU”.

Texto e fotos: Lenne Santos – Comunicação/Ufopa

12/3/2020

 

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Universitários na fila do RU. Foto: Lenne Santos, 11/3/2020.

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