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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 3 de Julho de 2018 às 10:32

Congresso de Gestão Ambiental do Baixo Amazonas prossegue até quinta-feira, 5


O efeito da alteração ambiental na biodiversidade aquática da Amazônia foi o tema da conferência de abertura do I Congresso de Gestão Ambiental do Baixo Amazonas (Congaba), realizada na manhã desta segunda-feira, 2 de julho de 2018, no auditório da Unidade Tapajós, Campus de Santarém da Ufopa. Promovido pelo curso de Bacharelado em Gestão Ambiental do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Ufopa, o evento conta com a parceria do Instituto Esperança de Educação Superior (Iespes), da Sustenere Publishing Corporation e da Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais (RICA).

A solenidade de abertura do I Congaba contou com a participação do reitor da Ufopa, Hugo Alex Diniz; do pró-reitor da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce), Marcos Prado Lima; do diretor do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), Marlisson Augusto Costa Feitosa; do secretário de Meio Ambiente de Oriximiná, Ronaldison Antônio de Oliveira Farias; e do coordenador do evento e do Bacharelado em Gestão Ambiental da Ufopa, José Max Barbosa de Oliveira Junior.

O evento prossegue na Ufopa até quinta-feira, 5 de julho, debatendo as múltiplas faces da gestão ambiental em um contexto amazônico. “É um tema de alta relevância para a nossa região e a Universidade tem esse papel de trazer a sua voz política, mas principalmente técnica e acadêmica, para debater esse tema”, afirma o reitor da Ufopa, Hugo Alex Diniz. “Para nós é uma honra que os professores, técnicos e alunos do nosso Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas estejam organizando esse evento, suscitando toda uma discussão e produção de conhecimento dentro dessa área de gestão ambiental”.

“Nessa primeira edição do Congaba trouxemos esse tema para demonstrar o quão multi e interdisciplinar é a gestão ambiental, daí a necessidade de profissionais multidisciplinares para a resolução de problemas”, explica o coordenador do evento, José Max Barbosa de Oliveira Junior. Segundo Max Barbosa, o Congaba tem como objetivo principal o debate e a troca de ideias das mais diferentes áreas do conhecimento, visando à resolução de problemas ambientais que são emergentes. “De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 12 milhões de pessoas morrem por ano devido à degradação ambiental”, afirma.

Biodiversidade - Já a conferência de abertura foi ministrada pelo coordenador do Laboratório de Ecologia e Conservação (Labeco) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (UFPA), Leandro Juen. “Trabalhamos com diferentes formas de avaliar a biodiversidade. Hoje apresentei algumas formas usando variação da riqueza de espécies, variação de abundância, composição, diferenças morfológicas na funcionalidade, usando principalmente os insetos aquáticos, como a libélula ou jacinta, como é chamada na Amazônia, as plantas aquáticas e os peixes”, explica.

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Leandro Juen (UFPA)

Segundo o pesquisador, as principais categorias que impactam a biodiversidade na Amazônia são: a retirada da madeira, manejada e convencional; a agricultura, tanto de ciclo curto como a soja, arroz e milho, quanto de ciclo longo, como o óleo de palma ou dendezeiro; a construção de hidrelétricas; a mineração; e a urbanização, principalmente dos grandes centros, como Belém, Manaus e Santarém. Ele explica que, quando qualquer uma dessas categorias modifica a mata ciliar, por exemplo, há uma mudança tanto na abundância, riqueza, morfologia das espécies, como também nos serviços ecossistêmicos. “Hoje, além da perda de biodiversidade, temos que mesurar também a perda de serviços ecossistêmicos”, afirma.

“O foco principal do nosso trabalho são os pequenos igarapés, de até cinco metros de largura, que dependem muito da vegetação do entorno”, esclarece. “É essa vegetação que fornece a energia para esse sistema, através de folhas, galhos, troncos e frutos, que caem na água. A biodiversidade de fungos, bactérias, insetos aquáticos e peixes fragmenta essa matéria orgânica e essa energia começa a fluir para toda a cadeia”.

Mais informações no site do evento: http://www.ufopa.edu.br/congaba2018/.

Serviço: I Congresso de Gestão Ambiental do Baixo Amazonas (Congaba)

  • Data: até 5 de julho de 2018

  • Local: Unidade Tapajós, Campus de Santarém da Ufopa

Maria Lúcia Morais - Comunicação/Ufopa

2/7/2018

Mesa de abertura do I Congaba

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