Ultima atualização em 2 de Janeiro de 2024 às 16:31
Realizado na aldeia São Francisco, estudo buscou contribuir para o conhecimento da ancestralidade indígena na região do baixo Tapajós, Amazônia brasileira.
Professor substituto do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Hudson Romário Melo de Jesus venceu o 11º Prêmio Luiz de Castro Faria, promovido pelo Centro Nacional de Arqueologia (CNA), unidade especial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que reconhece pesquisas acadêmicas de excelência com temática relacionada ao patrimônio arqueológico brasileiro.
A premiação foi atribuída ao professor Hudson Melo pela dissertação de mestrado intitulada "Yané Redáwa Tedáwa São Francisco: Arqueologia ancestral na Terra Indígena Tupinambá, Rio Tapajós, Amazônia". O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da arqueóloga professora doutora Lorena Garcia no curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Conhecimento da ancestralidade
O estudo foi realizado com o povo Tupinambá da aldeia São Francisco e buscou refletir e contribuir para o conhecimento da ancestralidade indígena na região do baixo Tapajós, Amazônia brasileira. A utilização de metodologia de levantamento arqueológico foi orientada pela perspectiva teórica das arqueologias indígenas, fundamentada nas arqueologias contemporâneas e etnografias arqueológicas.
Memória – A partir dessas perspectivas, foram abordados temas como território, lugares significativos, memória e tradição oral. Os resultados da pesquisa foram interpretados através da lente da vida diária na aldeia e da experiência do autor como arqueólogo. A Terra Indígena Tupinambá possui um longo histórico de ocupação indígena, registrado através de datações arqueológicas na aldeia antiga Jacaré, com antiguidade de 3.800 anos antes do presente.
A história oral Tupinambá no rio Tapajós indica que seus ancestrais já ocupavam a região antes da chegada dos primeiros europeus. O estudo trata da territorialidade Tupinambá e de interpretação própria das cerâmicas arqueológicas.
Acesso – A dissertação está disponível no Repositório Institucional da Universidade Federal de Sergipe (RI/UFS). Para baixar o arquivo PDF da dissertação, clique AQUI.
Talita Baena – Comunicação/Ufopa
26/12/2023