Ultima atualização em 23 de Agosto de 2024 às 15:28
Alenquer, Belterra, Monte Alegre e Oriximiná receberão ações da Afroteca
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR) assinaram na sexta-feira, 16, Termo de Execução Descentralizada (TED), no valor de R$ 695 mil, para fortalecer e ampliar as ações do projeto "Kiriku: educação para as relações raciais e literatura infantil antirracista nos CEMEIs, UMEIs e escolas do município de Santarém-PA e região”. A parceria com o MIR vai possibilitar a implementação de afrotecas nos municípios de Belterra, Monte Alegre, Alenquer e Oriximiná, além da ampliação da afroteca de Santarém.
Com objetivo de acolher crianças, cuidar, educar e ler em perspectiva afrocentrada, a implantação das afrotecas será executada pela equipe do projeto Kiriku e do Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq) da Ufopa, coordenados pelo professor Luiz Fernando de França (Iced).
Compostas por mobiliário específico, livros, jogos, brinquedos e instrumentos musicais, elas serão estruturadas ao longo de um ano, envolvendo planejamento do espaço, inauguração e acompanhamento das atividades. Todas as etapas de implementação serão coordenadas e realizadas pela equipe do projeto Kiriku em parceria com as unidades educacionais dos municípios.
A secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, destaca que essa ação representa um passo importante na busca por uma educação mais inclusiva e antirracista, que pense as experiências da população de forma positiva: "Acreditamos que esse projeto-piloto poderá apresentar práticas exitosas de ampliação do acesso à leitura e formação contínua através de diferentes práticas pedagógicas”.
Para a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, “as afrotecas são um exemplo brilhante de iniciativas pensadas a partir do movimento antirracista, que conquistaram sucesso por sua profunda conexão com as raízes e demandas desse movimento. O professor Luiz Fernando, um pesquisador negro que vive diariamente as lutas desse movimento, como docente universitário, desempenha papel fundamental nessa jornada. Juntamente com outros professores da educação infantil e bolsistas engajados nos projetos, as afrotecas oferecem aos seus visitantes a oportunidade de experimentar o que não viveram em sua própria infância. As afrotecas não são apenas espaços de aprendizado, mas também de resgate e valorização da cultura e da identidade negra, que proporciona às futuras gerações o que lhes foi negado no passado”.
Comunicação/Ufopa, com informações do Ministério da Igualdade Racial (MIR)
Foto: Arquivo
22/08/2024