Ultima atualização em 9 de Maio de 2022 às 21:08
Quinze agricultores familiares do quilombo do Pacoval e dos assentamentos de reforma agrária do Curumu e o projeto de desenvolvimento sustentável (PDS) Paraíso acessaram mais uma vez o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no município de Alenquer.
No dia 6 de maio, os agricultores familiares assinaram aproximadamente R$ 300 mil em contratos com a Prefeitura Municipal de Alenquer para ofertar uma diversidade de produtos, como farinha de mandioca e tapioca, banana, feijão-branco, cheiro verde, laranja e outros para os alunos da rede pública de ensino.
Desde 2018, os agricultores familiares são assessorados pela Incubadora de Economia Solidária da Amazônia (IECOSAM/Ufopa/Campus de Alenquer), coordenada pelo Prof. Raoni Azerêdo, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Alenquer (STTR-ALQ), e recentemente com o Ministério Público Estadual do Pará, via Catrapovos Pará, coordenada pela promotora agrária Herena Maués, que foi fundamental na chamada pública de 2022.
O Prof. Raoni Azerêdo assevera que "vivemos um cenário de agravamento da fome no país, puxado pela alta dos preços dos alimentos e pelo desmonte em curso das políticas públicas direcionadas à agricultura familiar. Por isso, a inserção dos 15 agricultores no PNAE proporciona garantir segurança alimentar aos alunos, e da mesma forma eleva a renda dos agricultores familiares, resgatando sua autoestima/protagonismo e posicionando de fato a agricultura familiar como estratégia de desenvolvimento territorial".
A presidente do STTR de Alenquer, Aldemara Ferreira, destaca que "o PNAE estimula a organização dos agricultores familiares, a renda e o aumento da produção agrícola, sendo uma conquista muito relevante para todo município de Alenquer".
Maria Verônica dos Santos, representante do Grupo Informa Curumu, ressalta que "para nós do assentamento Curumu, o PNAE tem sido de grande importância, de grande aprendizado e descoberta na vida dos agricultores familiares. Aprendemos a nos valorizar e melhorar nossa organização. Tem sido uma conquista muito boa e somos gratos pela oportunidade em ofertar nossos produtos para alimentação escolar".
O representante do quilombo do Pacoval, Edilton Vilhena, disse que “é uma vitória para nós, que os alunos vão consumir alimentos feitos por seus pais, vizinhos, ou seja, um alimento de inteira qualidade e com identidade".
Comunicação/Ufopa, com informações da coordenação da Incubadora de Economia Solidária da Amazônia
06/05/2022, atualizada em 09/05/2022
