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Universidade Federal do Oeste do Pará

Ultima atualização em 2 de Junho de 2023 às 10:12

Ufopa reafirma seu papel nas políticas culturais do Oeste do Pará


O papel da universidade nas políticas culturais do Oeste do Pará foi o tema central das discussões do II Seminário de Arte e Cultura da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), realizado na tarde de quarta-feira, 31 de maio, no auditório da Unidade Tapajós, Campus Santarém. Aberto ao público, o evento contou com a participação da secretária de Cultura do Estado do Pará, Úrsula Vidal, e marcou o início da programação oficial do I Festival de Arte e Cultura da Ufopa, que prossegue até sexta-feira, 2 de junho, em Santarém e demais campi regionais.

“Estar dentro de uma universidade é sempre uma honra, nesse lugar de secretária de cultura. Eu sou uma jornalista, uma cidadã e também documentarista. Estar exercendo esta função de secretária de cultura do estado do Pará é uma missão que exige muita responsabilidade, muito compromisso. Estamos aqui representando, um conjunto de servidores e servidoras, um governo que tem compromisso, que se esforça para aprender a fazer a política cultural, e quem nos ensina, evidentemente, são os trabalhadores de cultura, e a academia, o ambiente acadêmico, a universidade, tem um papel muito importante nesse modelo de escuta, na salvaguarda do patrimônio”, afirmou a secretária de Cultura do Estado do Pará, Úrsula Vidal, durante a abertura do evento.

Úrsula Vidal destacou o papel da universidade para a produção de cultura: “Muitas vezes são as universidades responsáveis por todo um processo de catalogação, de reunião de informações, para que a gente consiga reconhecer possíveis patrimônios que precisam de um compromisso maior do Estado, seja por meio de leis, seja por meio de tombamento. A universidade também é esse lugar de produção de conhecimento, de pensamento, de enraizamento maior no território. A universidade também é um lugar de muita produção desses espaços de trocas, desses seminários, dessas dinâmicas de aprendizado”.

“A nossa essência humana perpassa pela apreciação da arte, da cultura, e se tem um fator que nos distingue de outros animais é a capacidade de se emocionar e de apreciar as belas artes. Passamos os últimos anos com um cenário aterrorizador para as universidades e os fazedores de cultura. Não tivemos a nossa Festa Junina, nem grandes atividades culturais acontecendo dentro da Universidade, porque ainda estávamos no cenário da pandemia e as principais ações dentro da Universidade que ficaram comprometidas, sem dúvida nenhuma, foram as atividades de extensão e, em especial, as de cultura. Por isso, estar aqui hoje na universidade podendo investir no retorno das atividades culturais é uma emoção muito grande”, afirmou a reitora da Ufopa, Aldenize Xavier, na abertura do evento.

Para a reitora da Ufopa, investir em cultura também significa investir na saúde mental da comunidade acadêmica e da população: “Isso também reflete um cenário que temos de grande adoecimento emocional e psicológico, tanto da comunidade acadêmica quanto da sociedade, e buscar caminhos para combater essa questão de saúde pública também perpassa pela valorização da cultura dentro da nossa instituição. Então, é um investimento também em saúde, pois com saúde você consegue desenvolver seu plano acadêmico, seu trabalho”.

A reitora reafirmou ainda a necessidade de mais recursos para a implantação de espaços de cultura dentro e fora da universidade. “É extremamente necessário que haja investimento estratégico que perpasse pela consolidação de espaços de cultura, tanto na Universidade quanto em nosso município. Faz parte do nosso projeto pedagógico institucional termos um centro de coleções, como um espaço de valorização da nossa cultura, uma espécie de museu aberto à visitação. Temos o mais difícil, que são as coleções”.

 

 

Festival – Alan Ribeiro, diretor de Cultura e Comunidade da Ufopa, fez um balanço sobre o desafio de organizar o primeiro Festival de Arte e Cultura da Universidade. “A Pró-Reitoria da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) começou a preparar esse festival há mais de um ano. É financiado por uma emenda parlamentar da Vivi Reis. Tivemos mais de 100 servidores envolvidos em todo o processo, desde o recebimento da emenda até a contratação de serviços. Além disso, temos 150 alunos envolvidos diretamente, que abraçaram o Festival, especialmente a Festa Junina. É o nosso momento de retomada das nossas relações dentro da universidade, que também é um espaço de encontro”, comemora.

“Somando só os participantes das 22 oficinas oferecidas pelos nossos alunos aqui e nos campi da Ufopa, temos mais de duas mil pessoas, entre estudantes do ensino médio, servidores, estudantes da universidade, pessoas da comunidade externa, recebendo formação em arte e cultura, em uma universidade pública no interior da Amazônia, no Tapajós, sem a estrutura das universidades mais antigas”.

Segundo Alan Ribeiro, a cultura traz resultados formativos e de renda: “E a gente tem de comentar isso porque somos uma instituição feita para garantir direitos. A universidade pública é uma instituição que garante direitos. Somos uma instituição de ensino que viabiliza sonhos, que permite que as pessoas mudem de vida”.

Também participaram do evento a pró-reitora da Cultura, Comunidade e Extensão, Ediene Pena; o professor Leandro Cazula, membro do Comitê de Cultura da Ufopa, coordenador do projeto de extensão Grupo de Teatro Iurupari e mediador do debate; o professor Jackson Rego Matos, membro do Instituto Sebastião Tapajós; a cantora Priscila Castro; o artista João Carlos, do Movimento dos Fazedores e Fazedoras de Cultura de Santarém; e a representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufopa, Ana Carolina Rente Leão.

Roda de Conversa – No Campus Óbidos, a abertura do Festival de Arte e Cultura da Ufopa foi marcada por uma roda de conversa com representantes de diferentes campos artísticos e culturais do município. Com o tema “Mostra a tua Arte”, o evento possibilitou a interação entre os fazedores de arte e cultura com os acadêmicos do campus. Participaram do debate os artistas Jorge Mamede (pintura), Sérgio D’Andrade (poesia), Lurdes Virgínia (teatro), Jonatas Limão (fotografia), Jorge Cancão (música), Mauro Sena (Folia de São Tomé) e o secretário de cultura do município, Luiz Carlos Queirós. O servidor Rômulo Viana foi o mediador da conversa.

Festa Junina – Na sexta-feira, 2 de junho, será realizada em Santarém a Festa Junina da Ufopa, evento que marca o encerramento do I Festival de Arte e Cultura da Universidade. A Festa Junina ocorrerá a partir das 18 horas, na Unidade Tapajós, localizada no bairro do Salé. A programação contará com shows para todos os gostos: grupo de carimbó “Os Encantados”, banda “Trio do Forró”, apresentação de DJ Pedrita e danças típicas regionais como carimbó e quadrilhas juninas, estilizadas e tradicionais, coordenadas pelos estudantes de graduação da Universidade.

De acordo com a organização do evento, no dia da festa haverá controle na entrada da Unidade Tapajós a partir das 18h. O acesso à Ufopa não será impedido. O controle será apenas um protocolo de segurança devido à realização da festa dentro das dependências da Universidade. Não será permitida entrada com bebidas alcoólicas, objetos cortantes e outros que possam oferecer risco à segurança das pessoas. A segurança será reforçada, com guardas na entrada da Unidade Tapajós, no bosque atrás do CTIC e na entrada da festa.

Comunicação/Ufopa
01/06/2023

 

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